Este “cordão de ilhas” se extende de Den Helder (nos Países Baixos) até Esbjerg (na Dinamarca), passando pela Alemanha. Ou seja, não é pouca coisa, não!
São aproximadamente 450 km de comprimento e cerca de 30 ilhas naturais, sendo que as 5 primeiras pertencem à região holandesa.
São elas: Texel, Vlieland, Terschelling, Ameland e Schiermonnikoog. [clique nas fotos para aumentar]
Elas são tão especiais que todo o mar de Wadden foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. São paraíso para as aves migratórias e também local de preservação de focas – e se você der sorte, dá pra avistar baleias também!
Com tudo isso em mente, fomos aproveitar o restinho do verão holandês na primeira ilha de Wadden, Texel! Ela é a mais próxima de Amsterdam e a mais fácil de chegar, mesmo assim, você precisa considerar algumas opções:
Como chegar:
Interior da Balsa |
Outra possibilidade é ir de transporte público, que foi o nosso caso: pegamos um trem da estação Central de Amsterdam até Den Helder, seguido de um ônibus até a plataforma da balsa – para atravessar, pedestres pagam € 2,50 com retorno, e se você estiver de bicicleta o valor sobe pra € 5,00 (bike e dono).
Transporte público em Texel:
Na ilha de Texel o transporte público é um pouco diferente. Por não ter muita demanda (apenas no verão), há apenas 1 linha fixa de ônibus que faz o trajeto da balsa até De Koog – que fica na metade da ilha. Para se locomover para os outros pontos, você precisa solicitar o transporte (mini-vans) via telefone ou aplicativo. **Atenção aqui para duas dicas importantes**
#Dica1: O percurso interno sai mais caro do que em outras cidades, como Amsterdam, por exemplo, por isso, VALE A PENA comprar o ticket do dia para Texel. Ele custa € 7,50 e dá direito a viagens ilimitadas. Pode ser comprado em Den Helder ou nas plataformas da balsa.
#Dica2: Passamos por uma certa dificuldade na hora de ir embora, já que não havia vans disponíveis para nos buscar, então tivemos que esperar mais de 1h para conseguir alguma com disponibilidade. Rolou um semi-desespero... Então, se você já tiver ideia do que vai fazer e visitar na ilha, deixe as viagens de van agendadas (com uma certa folga) para não precisar perder muito tempo aguardando o transporte.
O que fazer por lá
Se você quiser fazer um passeio mais sossegado, indico passar um final de semana por ali. Mas, se não tiver muito tempo, um dia de bate-e-volta é suficiente dar a volta na ilha e ver as principais atrações:
Comece seu roteiro pelo Parque Nacional de Dunas de Texel. São diversas trilhas nas pequenas montanhas de dunas cobertas de vegetação, que se alongam por todo o lado oeste da ilha. Além de fazer as trilhas, você pode parar nos pontos de observação de pássaros e, quem sabe, até encontrar uma vaquinha holandesa pelo caminho. Nós, no entanto, vimos um monte de coelhos kkk.
Ali do lado fica o Ecomare, um aquário do mar de Wadden, com uma atenção especial para a preservação das focas e toninhas (prima do golfinho) – se você quiser, pode até vê-las pela webcam neste link do Ecomare! Durante a nossa visita presenciamos o momento de alimentação, com um show à parte.
O aquário fica há 800 m da praia, mais especificamente do Pavilhão 17. A praia é bem gostosa e a área de areia é bastante longa, agora, sobre o mar (já adianto que é lindo), existem 2 pequenas complicações: a água é congelanteeee, e encontramos dezenas de águas-vivas na areia... No entanto, nada disso foi suficiente para segurar as crianças que vimos fazendo aula de surfe! Afinal, a roupa de neoprene serve pra isso né, e nem toda água-viva é capaz de queimar o pele do ser-humano #DutchFeelings. Eu, por enquanto, prefiro só olhar rsrs.
Josi, minha companheiro de aventuras |
Fomos andando pela praia do Pavilhão 17 ao Pavilhão 20 – cerca de 2,5 km – e vimos diversas casinhas de praias; explico melhor: são barraquinhas (de tecido ou de madeira) que os holandeses usam quando vão à praia para se proteger do vento. É bem engraçado, mas faz muito sentido com a ventania daquele lugar!
O farol de Texel, ou Vuurtoren, fica na extremidade norte da ilha. De lá dá até pra ver a próxima ilha, Vlieland. A ideia da construção surgiu em 1854, pois as águas da região eram muito perigosas e diversos navios afundaram por ali. No entanto, o idealizador do projeto precisou de 10 anos para arrecadar dinheiro e conseguir todas as permissões. O farol tem 118 degraus em uma escada de caracol até o topo, e fica aberto todos os dias até às 17h (infelizmente não conseguimos chegar a tempo de subir nele). Ah, hoje ele não é mais controlado por faroleiros e sim por imagens de radar e tráfego de rádio.
Nossa última parada na ilha de Texel era a pequena província de Oudeschild. Ela fica na costa leste e, assim como De Koog, ela tem uma região central de comércio e turismo e um lindo porto. Tem também um moinho de grãos, o Molen De Traanroeier. Ele foi construído em Zaandam inicialmente, em 1727. Depois de quase 200 anos foi movido para Oudeschild para começar sua produção no local! A entrada é gratuita!
No entanto, como eu falei acima, tivemos alguns probleminhas com o transporte público e não conseguimos visitar a província – motivo justificável para uma nova visita em breve!
*Fonte: Traanroeier.nl |
Aproveite o passeio e boa viagem!
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