quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Zaanse Schans, a vila dos Moinhos – Países Baixos

Se o seu sonho de turista é ver os moinhos holandeses, este post é pra você! Há apenas 20 minutos de trem de Amsterdam fica a cidade de Zaandam e, dentro dela, a incrível vila de moinhos Zaanse Schans.

Nas margens do rio Zaan, logo de cara, você encontra 10 moinhos, de diferentes tipos, datas e tamanhos e, mais para dentro da vila há ainda outros 2 mini-moinhos.

Começamos nosso passeio pela ponte Julianabrug, já com uma vista icônica.

Depois, fomos caminhando pela turística cidade. Em Zaanse Schans você vai encontrar os principais marcos do país: moinhos, vaquinhas, uma fábrica de tamancos (inclusive com pessoas andando com eles nos pés), bicicletas ao redor, uma fábrica de queijo (chamada Catharina Hoeve) e uma outra artesanal de chocolate – a cidade, inclusive, cheira a chocolate por causa disso kkk.



Tudo isso não é sem querer. O espaço é uma reprodução das vilas holandesas do século 18 e 19. A ideia do arquiteto Jaap Schipper, que bolou o projeto em 1961, era que as pessoas vivenciassem a história da cidade de Zaandam. Assim, alguns moinhos foram transportados por estradas e rios, criando uma espécie de museu a céu aberto.



Ali fica também o museu e primeira loja do Albert Heijn, uma das maiores redes de supermercados dos Países Baixos. Outra forma de conhecer a região dos moinhos é fazendo um passeio de barco – eles acontecem apenas na primavera e duram cerca de 45 minutos.


Os Moinhos

Antes de atravessar a ponte, seus olhos logo encontrarão o moinho De Bleeke Dood, de farinha. Desde 1656 a 1904, os padeiros da região moíam seu trigo neste moinho. Ainda hoje, às sextas-feiras, é possível comprar mistura para pão e farinha produzidas ali.

Do outro lado da ponte, à direita está o moinho De Ooievaar, de óleo vegetal (seja de canola, linhaça ou girassol). Antigamente existiam centenas de moinhos deste tipo nas margens do Zaan; Hoje, em Zaanse Sachns estão 3 deles.

Depois da ponte, o primeiro moinho do lado esquerdo – começando uma série deles – é o De Huisman, que produz especiarias da Índia, como canela, mostarda, cardamomo e outros, e data de 1786. Há um pequeno museu onde é possível ver a base do moinho funcionando, além de uma lojinha com produtos locais.


O seguinte chama-se De Gekroonde Poelenburg e produz serra de madeira – o que era extremamente necessário quando todas as casas da região eram feitas de madeira. Ele tem 3 lados abertos e dá pra ver seu interior de fora. De Gekroonde foi construído em 1869 para substituir um outro moinho que foi desativado durante a construção das ferrovias.


Após ele está o moinho De Kat. Ele é o mais alto dos moinhos de Zaanse Schans e você pode visitar seu interior e subir na plataforma externa. É um moinho de pigmentos de tintas, feitos pelo pó de pedras moídas. Foi construído em 1664 e até hoje produz pigmentos de alta qualidade.

De Kat
Será por isso que o pintor Claude Monet morou um período de sua vida em Zaandam?

Seguindo o caminho, encontramos o moinho De Zoeker. Ele é de 1610 e já teve várias funções, como moinho de óleo, tinta e cacau! Também é possível visitar seu interior e subir na plataforma ao redor dele.

Mais pra frente está o Het Jonge Schaap, uma réplica do moinho original, de 1680. Ele também produz serragem e é possível vê-lo em funcionamento.

Ao lado está o De Os, um moinho de óleo que foi inaugurado em 1663 e é um dos mais antigos moinhos industriais construídos no rio Zaan. Ele operou até 1916, quando passou por uma modificação importante: teve suas velas retiradas e começou a operar com motor a diesel, até 1931, marcando a transição do vento para outras fontes de energia. A parte interna continua funcionando.

O penúltimo da margem do rio é o moinho Het Klaverblad. Ele é menorzinho mas sua história é bem interessante. Ele é o único moinho oco atual de Zaanse Sanchs, fica em cima de um celeiro e seu proprietário usava a produção de serragem como renda extra. Hoje, uma de suas filhas trabalha no local.

Por último está o De Bonte Hen, também de óleo, existente desde 1693. Ele sobreviveu a vários raios, diferente de outros moinhos no local, e sua produção continua nos dias de hoje.

Mais para dentro da cidade, há dois mini-moinhos, o Windhond – que quebrava pedras – e o De Hadel, usado para bombear água, chamado “moinhos de pântano”.

À esq, o moinho De Os, sem as velas

Você pode incrementar seu passeio comprando o Zaanse Schans Card. Ele dá direito a entrada no museu da cidade “Zaans Museum”, a algumas na casa típicas como a do tecelão “Wevershuis” e do tanoeiro “Kuiperij”, além de uma entrada a um dos moinhos de sua escolha e 50% de desconto no segundo moinho – alguns cobram entrada outros não. O ticket para adultos custa 15,00 e pode ser encontrado no balcão de informações ao turista ou diretamente no museu. Veja mais detalhes no site De Zaanse Schans.


Zaanse Schans é um passeio ótimo para bate-e-volta, principalmente em um dia de sol. Conheça os moinhos de Zaandam e sua história.

Bom passeio!

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