Cidade do Vaticano

Durante nossa passagem por Roma, uma atividade que não poderia passar batida era a visita ao Vaticano, que merece um post à parte.

Apesar de ficar dentro da Itália, o Estado da Cidade do Vaticano (nome oficial) é um país! Já falamos sobre ele nos 6 menores países da Europa.

Na verdade, ele é o menor país do mundo, com apenas 440 m² mas é incrivelmente famoso e é praticamente um ponto de peregrinação para os turistas.


Um pouquinho sobre o Vaticano:

Pinturas nas paredes e teto dos museus

O país é a Sede da Igreja Católica e o chefe de governo é o Papa. Ele é todo murado, são 3,2 km de fronteira com a Itália e, apesar de os italianos serem os responsáveis pela defesa, são os suíços que cuidam da segurança do Papa.

O lugar de sua construção foi, inicialmente, um jardim e, depois, o Circo de Nero. Inclusive, o obelisco que fica no centro da praça São Pedro foi trazido por Calígula do Egito, para decorar o circo.

Diz-se que São Pedro teria sido crucificado neste circo, de cabeça para baixo. Com isso, o espaço se tornou local de martírio para muitos cristãos.

O país foi oficialmente criado em 1929 após o Tratado de Latrão, assinado pelo ditador Benito Mussolini e o papa Pio XI.


Dicas para a visita:

Escada de caracol na saída dos museus

- Se você quer evitar filas, chegue cedo. Nós passamos nosso último dia de viagem no local, mas você pode dividir o passeio em duas manhãs e não encontrar tanta muvuca de gente.

- Se você quiser ver o Papa passeando de papa-móvel, planeje sua visita para as quartas-feiras ou domingos. Se quiser apenas visitar o local, evite estes dias pela quantidade de pessoas.

- Para visitar os museus e a Capela Sistina você pode comprar o ingresso nos guichês, no entanto, vai encontrar uma fila sem fim. A melhor opção é comprar adiantado pela internet para pular esta fila.

- Existe mais de uma entrada para o Vaticano, por isso, estude o mapa antes de ir. Nós chegamos pela praça São Pedro e tivemos que correr até a entrada do Museu do Vaticano (por fora) para não perder a hora do ingresso antecipado – se bem que eles são bem flexíveis com horário. É Itália, né bello!

Cúpula da Basílica

- Dentro do Museu do Vaticano ficam vários pequenos museus como a Capela Sistina, Museu Gregoriano Egizio, Museu Gregoriano Etrusco, Museo Pio Clementino, Galleria dei Candelabri, Galleria degli Arazzi, Pinacoteca, Stranze di Raffaelo e muito mais! Junto com o ingresso você receberá um guia com opções de percurso completo ou reduzido.

- Cuidado com a vestimenta. Shorts, bermudas, saias curtas, decotes, transparência e ombros de fora podem ser considerados inapropriados e o visitante ser barrado. (Isso acontece não só no Vaticano mas também em algumas igrejas da Itália.)

- Não é permitido fotografar nem falar alto na Capela Sistina.

- Existem várias lojinhas de souvenirs dentro dos museus do Vaticano.

- Você não pode andar livremente pelo “país”, até porque existem órgãos do governo e residências por lá, apenas em um caminho delimitado. No entanto, pode escolher tickets diferenciados como, por exemplo, com tour pelos jardins.


Os destaques:

- Piazza San Pietro

É da Praça São Pedro que você vai ver aquela icônica imagem do Vaticano. A praça oval é cercada por arcos nas laterais; são 284 colunas e 140 estátuas de santos. Bem no centro fica o obelisco do Egito, que funciona como um relógio de sol, apontando os equinócios no chão. Foi projetada pelo artista barroco Bernini, no século 17.

A praça é gigante... Mas não é maior do que a fila que pegamos para conseguir entrar na Basílica.

- Basilica di San Pietro 

No meio dos arcos, com destaque, está Basílica de São Pedro. Com 136m ela é a construção mais alta de Roma e do Vaticano e tem uma visão completa da praça e de boa parte da cidade! Depois de 2 horas na fila, com direito a tempestade bem no meio, conseguimos entrar na tão esperada Basílica! Ela é realmente muito alta por dentro, principalmente embaixo da cúpula; tem várias pequenas divisórias com capelas internas, e muito decorada.

 

Para subir na cúpula é preciso pagar um valor à parte. Eu já tinha ouvido falar que a subida não é muito indicada para pessoas com labirintite, mas me surpreendi (e eu nem tenho labirintite)!! Como a cúpula é ovalada, as paredes até o topo também são. Então você vai subindo os muitos degraus, meio espremido, com uma parede torta do lado; requer muita concentração para não sair tombando por aí... Mas a vista é incrível e realmente compensa toda a subida (mesmo com chuva)!

 

- Capella Sistina 

Como não é permitido tirar foto, escolhi um cartão postal como lembrança!

Como eu citei acima, a Capela Sistina fica dentro dos Museus do Vaticano. É impossível de errar, existem várias placas e indicações, além de uma infinidade de grupos turísticos seguindo naquela direção.

Ela, em si, é bem pequena (até por isso se chama “capela”), toda colorida e chama a atenção pela famosa pintura Criação de Adão, de Michelangelo, em que Adão encosta no dedo de Deus (a terceira pintura de cima pra baixo na imagem ao lado). No entanto, também tem painéis com outros afrescos de Pietro Perugino, Sandro Botticelli e Domenico Ghirlandaio.

É um espaço que daria pra apreciar por horas mas, pela quantidade de gente que entra e sai, além dos seguranças que atrapalham um pouco, a visita acaba sendo mais passageira – mesmo assim, INCRÍVEL.

Ah, saindo dos museus você vai passar por aquela escada de caracol bastante famosa também.


A visita ao Vaticano pode ser adaptada ao tempo e roteiro que você quiser, seja de meio-período, dois dias, com o objetivo de observar arte, contemplar a Basílica ou apenas conhecer o tão falado ponto turístico. Boa visita pra você e fica o lembrete de que Deus está presente tanto nas grandes construções como também nos pequenos corações. 🙏