segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Falésias de Møns Klint – Dinamarca

A cerca de 140 km de Copenhague fica a ilha de Møn, com 30 km de comprimento. No fim dela estão as falésias de calcário de Møns Klint; um passeio de encher os olhos e que foge do tradicional da Europa igreja-praça-castelo.

As falésias chegam a 128 metros de altura e atraem cerca de 300 mil turistas todo ano – mas mesmo assim o local é bastante sossegado. É possível fazer um bate-e-volta de Copenhague, ou se hospedar na região. São aproximadamente 2h30 de viagem até a ilha. A cidade de Stege é a maior de Møn, e fica logo no começo, com restaurantes e lojinhas. No nosso caso, optamos por ficar próximo às falésias, em uma vila chamada Klintholm Havn.

Como se formou


O calcário que forma os penhascos é composto por cocolitóforos - criaturas microscópicas que viviam no fundo do mar há mais de 70 milhões de anos atrás. Como resultado da enorme pressão das geleiras, o terreno foi compactado e empurrado para cima, formando uma série de colinas e dobras. Hoje, é possível encontrar fósseis de vários tipos de crustáceos nas falésias, já que o mar continua a corroer o calcário.

O local é evidência do impacto do meteorito que caiu na terra no final do período Cretáceo, há 65 milhões de anos atrás. Aproveite para ver também as diversas plantas raras que nasceram perto das falésias por causa do solo de calcário.

    

O que fazer

Antes de chegar em Møn, dê uma paradinha no meio do caminho nas falésias de Stevns Klint; elas têm cerca de 14 km e são Patrimônio Mundial da Unesco. Faça uma pausa na viagem, aprecie a vista, e continue até a ilha.

Stevns Klint

Bem perto do penhasco de Møn fica o GeoCenter Møns Klint, um museu de geologia com as todas as explicações sobre as rochas, além de exibições de fósseis encontrados no calcário. Ali tem restaurante, banheiro e é o ponto de saída para as trilhas.

     

Começamos pela trilha do sul e depois fizemos a trilha do norte e, nos dois caminhos, metade do percurso era feito pela parte de cima das falésias e entre a floresta, e metade era feito na praia – cada uma das trilhas tinha cerca de 2,5 km no total.


Quando estiver se preparando para a praia, lembre-se que ela é de pedras, então vá com tênis ou com uma boa sandália/papete. O caminho é bem gostoso, é possível ver as falésias de pertinho e também dar um mergulho no mar gelado (essa é para os mais corajosos). Vimos algumas pessoas fazendo piquenique também!


Møns Klint ainda pode ser conhecida à cavalo, barco, ou de caiaque. Logo que você entrar na ilha vai encontrar um ponto de informações para turistas; pegue todas as brochuras e propagandas para montar suas viagem da forma que mais gostar.

  

Ao noroeste de Møn fica a pequena ilha de Nyord. Ela é bem vazia e não tem muito turismo, mas é ótima para quem quer caminhar, tomar um sorvete e descansar na marina.

Parece lago, mas é o Mar Báltico

Passeio extra: Roskilde

No dia da volta, paramos na cidade de Roskilde para conhecer o incrível Museu de Barco Viking (Vikingeskibsmuseet).

Sua exposição conta com 5 barcos que foram afundados propositalmente por volta do ano 1000 para obstruir a rota de navegação e proteger a cidade de invasões inimigas. WHAT!? Bem espírito Viking mesmo rsrs.

Mas, a parte mais legal foi do lado de fora, quando pudemos fazer um passeio bem atípico: aprendemos a remar e remamos - razoavelmente bem - um barco nórdico, com direito a baixar a vela e tudo. Foi difícil (sincronia pra quê, né!), mas foi fantástico!

Boa viagem!
 

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