
Afinal, quem nunca pensou em ir para o outro lado do mundo, não é mesmo? Bom, confesso que quando decidimos a viagem eu estava com um pouco de medo... “O que eles comem? Falam inglês? Como vamos nos virar com aquele transporte público muito louco?” Mas depois de muita pesquisa e a experiência em si, voltei com as expectativas superadas e todas as dicas para você não passar (quase) nenhum nervoso kkk.
Clima: O país é composto por 6852 ilhas (as quatro maiores são Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku). Por isso, o clima pode variar bastante. Mais ao norte, em Hokkaido, a temperatura é mais baixa, podendo chegar ao negativo no inverno, e já ao sul (Shikoku e Kyushu) é possível atingir mais de 30 graus no verão. Optamos pela primavera, que proporcionaria um clima ameno e agradável para nossas andanças.
Período: Surgiu a oportunidade de viajarmos no final de março para o Japão. Tínhamos apenas um mês para preparar tudo, mas seria uma ótima época. Contando com 1 dia de ida e 1 dia de volta, ficamos no total 18 dias em viagem.

Visto: Pois é, descobrimos que brasileiros precisam de visto para entrar no Japão. Apesar de ser tranquilo para consegui-lo, é preciso um pouco de dedicação, afinal, tivemos que levar na embaixada a reserva de todos os hotéis, além do roteiro detalhado e emissão das passagens! Depois disso, o visto saiu em uma semana.

- Tóquio: 5 dias (com bate-e-volta para Nikko)
- Hakone: 1 dia
- Nagoya: 2 dias (com bate-e-volta para Matsumoto)
- Quioto: 3 dias (com bate-e-volta para Kurama)
- Osaka: 2 dias (com bate-e-volta para Nara)
- Hiroshima: 3 dias (com bate-e-volta para Miyajima)

Direção: Podem dirigir no Japão apenas os estrangeiros que vivem há pelo menos 1 ano no país. Ou seja, para quem vai apenas curtir férias, esqueça o carro. Mas, quando for atravessar a rua, lembre-se de que no Japão opera a mão-inglesa no trânsito (ao contrário do Brasil).

No nosso caso, fizemos as contas e vimos que o JR Pass para 14 dias sairia financeiramente mais em conta, pois o valor de passagens individuais ficaria em € 500! A dica é que você pode não precisa iniciar seu JR no dia que chegar no país, você pode escolher a data que se encaixa melhor com o seu roteiro. Nós, por exemplo, ficamos os primeiros dias em Tóquio, utilizando o transporte metropolitano e só no 5º dia validamos nosso JR Pass. Isso sem contar a facilidade de trocar de trem ou de horário (coisa que não imaginávamos que iríamos precisar).

Bagagem: Bom, já que íamos andar (e muito) de trem e trocar de hotel várias vezes, decidimos levar uma mala pequena. Confesso que foi um pouco difícil fazer caber tudo o que eu queria e manter um peso razoável, mas foi a melhor decisão tomada, já que carregamos a mala por muitas ruas do Japão rs. Não tem nada que um bom planejamento (e uma máquina de lavar roupa no meio do caminho) não resolva.
Coin Locker: Todas as estações de trens têm armários que abrem com moedas. Então, se você estiver em trânsito de uma cidade a outra, mas quiser fazer uma parada para conhecer algum ponto no meio, os coin lockers são sua solução! Os preços podem variar entre as estações, mas você paga uma vez só e pode deixar quanto tempo quiser (inclusive, mais de um dia). Outra vantagem das malas pequenas é que cabem 2 delas em 1 único armário grande.

Comunicação: A não ser que você faça um super intensivo, não será possível aprender japonês no tempo de preparação como o que nós tivemos. Mas, é possível sim se virar com o inglês. Tivemos um pouco de dificuldade na comunicação, mas os japoneses são muito educados e predispostos a ajudar. Nestes momentos, palavras-chave em inglês e um pouco de mímica acabam resolvendo.
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*Fonte: Sakura Mobile |
A melhor opção que encontramos foi o Trip Free: é um pacote em que você recebe um chip apenas para internet (sem ligações), com 500 MB grátis por 1 semana. Depois deste período, é preciso recarregar, mas o valor é baratinho. Além disso, ele tem parceria com alguns restaurantes, então se você fizer a reserva pelo Trip Free e comparecer no restaurante, ganha mais 100 MB. Valeu super.
Dinheiro: A moeda do Japão é o Iene (JPY) e ela tem alguns zeros a mais. Uma cotação aproximada seria 1 dólar = 100 JPY. O que você precisa saber sobre a forma de lidar com o dinheiro?
1. É respeitoso na cultura receber e entregar o pagamento com duas mãos juntas, lembre-se disso.
2. Guarde suas moedas!!! Elas pesam na carteira e eu queria sempre me livrar delas, mas os ônibus não têm cobrador, então é preciso ter o dinheiro certinho em moedas para não ficar sem troco. Todo ônibus tem dentro uma maquininha de trocar nota para moeda, mas ela aceita apenas notas menores, fique esperto!


Primeira coisa que você precisa saber, a maioria é para entrar nu; são poucas casas que aceitam pessoas com roupa de banho - confira no site as instruções antes de fechar os pacotes. No entanto, eles são divididos entre homens e mulheres. Alguns não aceitam pessoas com tatuagem, então também cheque isso caso você tenha alguma. Todo mundo tem que tomar banho (não é só uma ducha) antes de entrar, é proibido entrar com a toalha na água, e também é proibido tirar fotos ou usar o celular. Fora isso, imperam as regras de boa convivência, é uma experiência bem individual e sem muito barulho. Quem já foi diz que gostou. E você, quer experimentar?
Cigarro: É proibido fumar nas ruas no Japão - dá multa! Mas existem áreas específicas para isso. Hotéis e restaurantes ainda oferecem possibilidade de fumante ou não-fumante.

Lixo: como uma medida anti-terrorismo, o país praticamente não tem lixeiras públicas. Mas como eles fazem? Tenha sempre com você um saquinho e guarde o seu lixo do dia até encontrar uma lixeira ou voltar para o hotel. Nem nos banheiros públicos você vai encontrar lixo para jogar o papel após lavar mão, uma vez que cada um tem o seu lencinho individual – chamado Tenugui – para secar as mãos (é super moda no Japão e você pode comprar o seu e/ou levar de lembrancinha).
Este foi o primeiro apanhado de informações, para você ter um pouquinho mais de ideia sobre como é uma viagem pra lá.
Semana que vem você verá aqui tudo sobre o período das cerejeiras: onde, quando, quanto e como. Até lá!
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