Cruzamento Shibuya |
Apesar de toda essa movimentação, Tóquio foi eleita em 2017, pelo The Economist, como a cidade mais segura do mundo! Wow!
Parece uma realidade de outro mundo – ou pelo menos do ponto mais distante que nós, brasileiros, conseguimos chegar, ainda neste mundo -, mas não é. Sim, é muita informação, mas você vai ver que com um pouco de paciência e planejamento, Tóquio pode ser uma aventura muito especial!
Depois de já ter uma ideia um pouco mais detalhada sobre os costumes e cultura japonesa (leia aqui Japão: tudo o que você precisa saber), veja abaixo um roteiro da nossa aventura, com dicas para você montar a sua própria – e personalizada – visita!
#DICA: No aeroporto você pode comprar cartões de metrô com validade para 3 dias. Ou então, em qualquer estação você consegue comprar o ticket diário/individual.
Centro-sul:
Começando por uma das regiões mais famosas de Tóquio, visitamos o Palácio Imperial e seus jardins (Imperial Palace and East Gardens), no bairro de Chiyoda. O local foi residência de vários xoguns e até do Imperador Meiji. No site é possível ver as opções de acesso, informações sobre o local, e agendar sua visita.
Jardins e o muro de pedras do Palácio |
Um pouco mais a frente fica a Tokyo Tower, no bairro Minato. Super famosa, ela seria como a Torre Eiffel do Japão. Com 333 m (33 m a mais que a Torre Eiffel), ela é colorida de vermelho e branco, exatamente para ser vista à distância. Para garantir sua visita no horário desejado, compre o ingresso antecipado pelo site. O complexo onde a torre fica é bem completinho, cheio de lojas com souvenirs e comidinhas. No fim, você até ganha uma foto! 🗼
Seguindo em direção ao sul, para a região de Odaiba, é preciso passar pela linda Rainbow Bridge. A ponte pode ser cruzada a pé, de trem (Expressway), ou de carro. Aproveite a bela vista do pôr do sol, ao passar por ali!
Rainbow Bridge à direita na foto |
Depois de passar pela Rainbow Bridge, os 718 m de comprimento e 570 m de altura vão te levar até a Rainbow Town, como é conhecida. A ilha artificial foi construída em 1986 e virou uma super área de entretenimento e compras na baía de Tóquio. Por ali você encontra alguns shoppings, vários museus, o aquário, além da torre de TV Fuji Odaiba, com seu observatório esférico. Para subir no observatório é fácil, basta comprar o ticket ali no prédio (tem até um videozinho no site sobre onde comprar, com o mascote da TV). A vista é totalmente diferente da Tokyo Tower, uma vez que o observatório fica na baía e, em dias claros, é possível até ver o Monte Fuji.
Depois de sair da torre, passeie pela ilha e veja o robô gigante Gundam; os entendidos entenderão. Mas, se você, assim como eu, não entende nada, saiba que se trata de uma série de anime famosa que vai completar 40 anos em 2019!! A estátua de 20 m é super bem feita e atrai homens, mulheres e crianças! Ela, inclusive, realiza algumas performances com abertura de compartimentos e luzes ao longo do dia, para a loucura do público.
Oeste:
No segundo dia, nosso destino foi o lado oeste de Tóquio. Chegamos cedo ao Shinjuku Gyoen National Garden, um parque no bairro de Shinjuku, para ver as famosas cerejeiras. Que experiência incrível! São diversas árvores, todas coloridas, com tonalidades diferentes, onde você pode contemplar o Sakura. Tivemos sorte e não encontramos o parque tão cheio como outros. Vale a pena passar por lá!
Um pouco mais a frente fica o Museu do Samurai. Ele é meio escondido e não é muito grande, mas conta muito bem a história dos samurais e como foi o período em que viveram, as lutas e muito mais. Gente, essa coisa que parece de outro mundo para nós é super real, e até hoje eles se orgulham em dizer quando fazem parte de uma descendência de samurais. Você pode experimentar roupas, máscaras e assistir a uma apresentação de luta ali mesmo.
Por ali fica também uma região conhecida como Kabukicho Ichibangai. São algumas ruas com bares, clubes e serviços de “acompanhantes”, meio conhecido como distrito da luz vermelha - mas, durante o dia, não vi nada explícito neste sentido por ali. Como ele é cheio de luzes e letreiros, muita gente acaba sendo atraída para lá... No entanto, é bom tomar um pouco de cuidado pois supostamente membros da Yakuza ficam por ali, além da “máfia nigeriana” que está invadindo a região. =O
Uma tentativa para nós, que não deu muito certo, foi subir no Metropolitan Government Building Observatory; um observatório do governo. São duas torres com 243 m de altura mas, por ser gratuito, encontramos uma fila gigante e optamos por não subir no deck desta vez. Talvez você tenha mais sorte.
Falando em muita gente, um lugar que você PRECISA ir é o cruzamento de Shibuya. Teoricamente, ele é o cruzamento mais movimentado do mundo. Bom, do mundo não sei, mas do Japão com certeza é! Ele fica perto das duas estações de metrô mais movimentadas - agora sim - do mundo: Shinjuku e Shibuya. São centenas de pessoas a cada semáforo que cruzam pelas 4 laterais, além das 2 diagonais da rua, somando cerca de 3 milhões de pessoas por dia! Confesso que é meio engraçado ver aquela montoeira de gente andando sem se trombar. A experiência é rápida, mas é tipicamente japonesa kkk.
Norte:
No terceiro dia, começamos novamente por um parque para continuar vendo as famosas cerejeiras. O Ueno Park é bem famoso para observação das flores, e já estava bem mais cheio. Mesmo assim, é muito gostoso passear por lá e ver tanta gente se encantando com o Sakura.
Eu e meio mundo na foto... |
Dentro dele ficam o Zoológico e o complexo de museus que conta com o Museu Nacional de Tóquio, a Galeria de Tesouros, Museu de Arte Metropolitano, Museu de Arte Ocidental (estes 4 fazem parte do mesmo ingresso), Museu Nacional de Ciência e os jardins.
Ainda na parte norte da cidade fica o Templo Senso-Ji, uma imersão na cultura nipônica. Localizado no bairro de Asakusa, para entrar é preciso passar pelo grande Kaminarimon (ou Portão do Trovão). No pavilhão, você encontra vários pequenos templos e um principal, com paredes laminadas a ouro. É bem impressionante. Ainda hoje os templos são super sagrados e as pessoas entram apenas para rezar. Fique à vontade para conhecer, mas lembre-se de respeitar o local e a tradição de quem está ao redor.
E, para fechar a noite, não deixe de conhecer Akihabara. A “cidade eletrônica” (na verdade são alguns quarteirões) ficou famosa por ser um centro de compras de eletrônicos e um mundo de games, animes e mangas. Não se assuste ao ver pessoas fantasiadas, pois lá também é o local para cosplays. Aproveite o passeio.
Depois de passar 3 dias em Tóquio, validamos nosso Japan Rail Pass e pegamos um trem para a cidade de Nikko, nas montanhas, para visitar os santuários e templos de Nikkō Tōshō-gū. O local fica a aproximadamente 2h de Tóquio e é razoavelmente fácil de chegar – pegamos 2 trens.
São diversos templos e casas de orações, todos super desenhados e trabalhados, pintados com ouro e esculpidos, que atraem visitantes de todo o mundo. É um dos santuários mais famosos do Japão pois é lá que fica o mausoléu de Tokugawa Ieyasu, o fundador do xogunato Tokugawa, por volta de 1600 -conhecido como Período Edo, que durou até a Restauração Meiji. (Viu como vale a pena visitar o Museu de Tóquio no dia anterior? rsrs)
Depois de conhecer os templos, antes de voltar para a Tóquio, dê uma paradinha ainda em Nikko para ver a Shinkyo Bridge; ou Ponte Sagrada. Ótimo ponto para uma fotinho.
Gostou do roteiro? Então já vá treinando seu japonês! Veja abaixo algumas palavras chaves.
Semana que vem continuamos nossa viagem ao Japão. Prepare-se!
Chegando em Nikko |
Ponte Sagrada |
Mini-dicionário de expressões:
Sumimasse - com licença
Gomenassai - desculpe
Arigato gozaimasu - obrigada
Hajimemashite - muito prazer
Irasshaimase - bem vindo
Ohayo gozaimasu - bom dia
Konnichiwa - boa tarde
Konbanwa - boa noite
Hai - sim
Iie - não
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