Os japoneses acreditam que é preciso subir a montanha pelo menos uma vez na vida para alcançar bênçãos espirituais e sorte.
Não sei se este é o motivo, mas muita gente realmente encara a aventura; cerca de 200 mil pessoas por ano escalam a montanha – sendo que apenas 30% são estrangeiros.
No entanto, só é permitido subir a montanha entre julho e meados de setembro, quando não há excesso de neve no pico. No nosso caso, visitamos o Japão em março, então procuramos alternativas para conhecer o gigante. Além de ser possível vê-lo durante a viagem de trem entre Tóquio e Nagoya, existem algumas cidades ao redor do monte que possibilitam uma bela vista, como Hakone (nossa escolha), Kawaguchiko, Kamakura e Gotemba.
O que você precisa saber sobre o Monte Fuji
Já falei que a temporada para a subida acontece apenas no verão japonês, apesar disso, é preciso se preparar com roupas de frio, uma vez que a temperatura média no alto do Monte Fuji pode variar entre -18 e 8 °C . Some a isso os ventos fortes, que levam a sensação térmica ao negativo. Mas, fique feliz com a temperatura, já que no inverno ela pode chegar a -40 °C!!
A subida não é necessariamente uma escalada – não há cordas ou equipamentos -, seria mais um trekking pesado. Crianças e idosos conseguem completá-la, mas é bom ter um pouco de preparo para o que vem pela frente.
A subida pode demorar entre 4 a 8 horas, então separe um dia inteiro para o passeio. A descida é mais rápida, e leva aproximadamente metade do tempo de subida. São 4 trilhas que se iniciam em diferentes partes da montanha e todas têm estações de descanso com infraestrutura, lanchonetes, banheiros e compras (você pode encontrar até latinha de oxigênio para vender, uma salvação para alguns, pois já no final da trilha o ar ficar mais rarefeito). Não há portão de entrada, é só se juntar aos milhares de peregrinos e seguir a trilha.
Veja mais informações e serviços no Japan Guide.
Visitando Hakone
1. Chegando lá:
Saímos de Tóquio em direção à Hakone, uma cidade que nos proporcionaria a vista do Monte Fuji, além de ser uma estância de águas termais. Foram 35 minutos de trem até a cidade de Odawara, onde deixamos nossas malas e compramos um Free Pass para Hakone. O ticket tem opção para 2 ou 3 dias e dá acesso aos passeios de barco e teleférico (veja abaixo), além de viagens ilimitadas de ônibus e trens dentro de uma determinada área. Financeiramente vale muito a pena.
De Odawara pegamos um trem regional de mais 1 hora até a base do nosso primeiro passeio, em Hakone.
2. Passeios:
O teleférico é uma das formas mais famosas de conhecer a cidade, além do Monte Fuji. Ele vai de Gora e até Togendai, com uma baldeação em Souzan. Há ainda possibilidade de paradas nas estações de Owakudani e Ubako. No final do passeio estará o lago Ashinoko.
As gôndolas são grandes e fechadas, e você vai querer parar em Owakudani para ver a área vulcânica. O espaço surgiu há 3 mil anos, durante a última erupção da montanha de Hakone. Hoje, é possível ver – e sentir – a fumaça de enxofre que sobe das pedras. Ao entrar na gôndola do teleférico, inclusive, você receberá uma toalhinha para colocar no rosto caso o gás esteja muito forte.
Outra atração ali é o ovo preto. Os ovos são cozidos na fonte termal e as cascas ficam pretas por causa da reação química dos gases vulcânicos, mas o ovo é branco por dentro rs. Faz sucesso, todo mundo compra e dizem que acrescenta 7 anos à sua vida kkk.
Para terminar o dia, aproveite a estância termal para conhecer algum Onsen. Como já falamos no post Tudo o que você precisa saber, estas casas de banho têm algumas regras e, na maioria não é permitido usar roupa de banho e o espaço é separado entre homens e mulheres. Como estávamos apenas eu e o Lucas pesquisei uma casa menos tradicional em que pudéssemos ficar juntos no mesmo espaço e em que as pessoas usassem roupas...
Achei o Kowakien Yunessun Onsen, que parece um parque aquático – lembra de leve a Pousada do Rio Quente, em Goiás. Ele tem piscinas aquecidas e algumas piscinas temáticas, como a de vinho, sake, café e chá verde. É uma diversão kkkk. E,para quem quiser, é possível acessar a área separada de onsen tradicional dentro do complexo.
Onsen tradicional - Fotos Divulgação |
Depois de conhecer o incrível Monte Fuji e a cidade de Hakone, seguimos no dia seguinte para Nagoya. Este roteiro você descobre semana que vem! Sayonara
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