Contextualizando: a Irlanda do Norte faz parte do Reino Unido, apesar de dividir a ilha com a vizinha Irlanda, que é uma das nações da União Europeia. Na época da nossa visita (abril/2019) o Brexit ainda não tinha sido oficialmente definido, então não encontramos nenhuma dificuldade para atravessar a fronteira entre os países; na verdade, nem havia fronteira física no nosso caminho. O país ocupa apenas ¼ da ilha, ou seja, não é muito grande, mas gastamos um dia inteiro para visitar 4 pontos espalhados por ali.
O roteiro
Saindo de Dublin, percorremos 250 km (cerca de 3h) para chegarmos ao nosso primeiro destino: The
Dark Hedges. Ele fica, literalmente, no meio do nada, e se você não estiver bem afinado com o seu Google Maps, pode passar sem ver. Essa pequena alameda, conhecida inicialmente como Grace Hill, teve 150 árvores plantadas à pedido do dono do terreno, Sr James Stuart, em homenagem à sua esposa Grace Lynd. No entanto, apesar de as árvores serem de 1775, o caminho ficou conhecido recentemente por ser um dos cenários da série de TV Game of Thrones.
Atenção fãs! Ao andar por ali, você se encontrará em, nada mais nada menos que, King´s Road!
Seguimos adiante até a próxima cidadezinha, onde almoçamos, e continuamos o caminho até a atração principal do dia, a Calçada dos Gigantes (Giant´s Causeway)!! Ok, se você não sabe ao certo o que é isso, eu explico: essa incrível formação natural é composta por mais de 40 mil colunas rochosas prismáticas (= em forma de prismas) idênticas. Feitas de basalto, as colunas são fruto de milhares de anos de atividades vulcânicas. Esse tipo de cenário pode ser encontrado também na Islândia e em Portugal, mas nenhum com a escala e magnitude daqui!
Particularmente, eu amo formações naturais! Elas nos fazem sentir tão pequenininhos diante das maravilhas deste mundo. Por conta da sua formação, encaixadas umas nas outras, as colunas parecem formar uma espécie de calçada de pedras gigantes – daí o nome do lugar. Algumas colunas chegam até 6 m de altura, e o espaço como um todo foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1986.
Para visitar a Calçada e a costa não é preciso pagar nada. No entanto, o estacionamento no local é pago – caso você compre um ticket para o centro de visitantes, o estacionamento é incluso. Da entrada até as colunas em si é necessário caminhar cerca de 1 km (há uma subidinha, mas nada muito terrível), no entanto é possível adquirir um ingresso de shuttle até a atração. Ficamos aproximadamente 1h30 no lugar e depois seguimos para nossa 3ª parada: Carrick-a-Rede Rope Bridge.
Esta ponte suspensa de cordas não fica muito longe, são cerca de 15 minutinhos de carro. Ali há um estacionamento grátis, mas para visitar a atração precisa pagar. Depois, siga pelo caminho à pé por mais 1 km até a ponte. Chegando lá, não é todo mundo que encara a aventura – alguns encaram com muita tensão e medo... Outros decidem nem arriscar. São 20 m de comprimento situados a 30 m acima do mar. A diversão toda está na parte da travessia, mas vale a pena apreciar a vista do outro lado da ponte, na pequena ilha.
A ponte foi estrategicamente colocada ali há mais de 250 anos por pescadores que buscavam o melhor lugar para pescar salmão. Por fim, depois de acalmar os nervos, voltamos à estrada para nossa última parada: a cidade de Belfast.
Belfast é a capital da Irlanda do Norte e fica a 90 km da ponte Carrick-a-Rede. No entanto, chegamos lá no final da tarde e conseguimos apenas dar uma passeada rápida por essa linda cidade. Caminhamos na frente da Prefeitura, do Mercado de St George, da escultura Big Fish - o salmão do conhecimento, jantamos em um pub bem gostosinho e fechamos a noite passando pelo lindo prédio do museu do Titanic! Para quem não sabe, o luxuoso navio partiu de Southampton, mas foi fabricado ali em Belfast.
Se tiver mais tempo, vale a pena passar pelo menos um dia inteiro por ali! Se não, faça um tour rápido como nós e encerre seu bate-e-volte pela encantadora Irlanda do Norte.
Boa viagem!
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