Preciso falar que não encontramos nada muito radical, é verdade, mas listei aqui 9 pequenos problemas que, de alguma forma, acabaram nos surpreendendo no nosso dia a dia.
Se para você nenhum deles é um grande incômodo, a Alemanha te espera! Auf wiedersehen!
Dinheiro: apesar de ser um país muito desenvolvido, a utilização do cartão de crédito é muito baixa aqui. Vários lugares aceitam apenas dinheiro físico. Já deixamos de comer ou comprar coisas por não ter o dinheiro na hora na carteira. Isso vem, em parte, da cultura e do histórico do país mas, pelo menos aqui em Frankfurt, sede do Banco Central Europeu, já estava na hora do dinheiro digital dar uma andadinha...
Língua: sim, a língua ainda é um grande desafio para convivência. Muitas pessoas falam (ou, pelo menos, conseguem se comunicar um pouco em) inglês, mas aquela conversa “fiada” de rua ou na hora de pedir/dar informações, a língua alemã acaba sendo predominante e compromete o bom entendimento e o fluxo da conversa. Ô linguinha complicada essa viu!
Alemães adoram furar fila: ah! Por essa você não esperava! Pois é, eles podem parecer muito certinhos, mas adoram dar uma de louco quando tem uma fila pela frente. Seja em parque de diversão, transporte, até mercado. E como faz pra brigar em alemão? Na dúvida, fique esperto com seu lugar na fila.
Tudo fecha aos domingos: existe uma lei aqui que proíbe os estabelecimentos de abrirem aos domingos. Todos os mercados, padarias, farmácias fecham. Algumas lojas e restaurantes ainda funcionam, mas com cardápio reduzido.
Cigarro: só posso comparar com São Paulo, que é o que eu conheço, mas aqui os alemães fumam demais da conta. E são muitos cigarros em um espaço curto de tempo! Não é à toa que existem máquinas que vendem cigarro nas ruas, supermercados, restaurantes e afins. O cúmulo para nós foi ver pessoas fumando em um parque de diversões, na área dos bebês – na verdade, junto com eles. #Choquei
Frio: como chegamos em fevereiro, confesso que o frio que pegamos não foi tão frio assim (mínima de -5º); é ruim, é gelado, mas é aguentável. No entanto, é bastante desmotivador (principalmente para sair da cama kkk) e bate num outro problema, a falta de vitaminas, em específico a D. Em qualquer farmácia você vai encontrar uma série sem fim de tipos de complemento vitamínico.O inverno não dura o ano todo, na prática são cerca de 4 meses, mas é preciso ficar ligado na saúde com a falta de exposição ao sol.
Calor sem ar condicionado: em compensação ao frio, o calor aqui tem se mostrado cada vez mais marcante. Isso ainda é novo para os alemães, parece que a cada ano tem esquentado bem mais (será o aquecimento solar?). O senso comum aqui entende que o normal é “uma semana de calor no verão”, no entanto, pegamos 3 longos meses com mais de 30º, inclusive uma máxima de 35º em maio – Oi?... ainda era primavera. Masss, diferente de nós, brazucas, uma vez que o pessoal não está acostumado aqui, também não há nenhum preparo para isso, ou seja, não existe ar condicionado em praticamente nenhum lugar! Em casa, nem pensar; em transporte público, na minoria; estabelecimentos, só se você der sorte. Talvez seja por isso que alemão adora ir no cinema no verão!
Bancos atrasados: não é só na questão de cartão que o banco é atrasado. Aqui ainda falta muito desenvolvimento nessa área. Há muita burocracia e quase não tem internet banking. O atendimento online do cliente pode ser muito melhor. Token, o que é isso aqui? Você recebe suas senhas e chaves de segurança pelo correio. Se perder o cartão, pode demorar mais de 30 dias para ter acesso a outro, e se precisar ligar no atendimento telefônico, é bom treinar seu alemão antes kkk.
Sem baratas, mas... Este aqui é mais um desabafo do coração. Bom, passei por todas as estações do ano e não vi nenhuma barata aqui. Em compensação o que não tem barata tem de rato! =O ! Eles aparecem de dia, de noite, no ponto de ônibus, no metrô, no parque, e por aí vai. Não posso considerar como um “problema da Alemanha”, mas confesso que já tomei vários sustos andando por aí! #SempreAtento
Bom, estas foram as circunstâncias que enfrentamos por aqui. Tirando isso, nossa estadia em Frankfurt foi muito gostosa e, por estarmos no meio da Europa, tivemos a oportunidade de viajar e conhecer muitos outros lugares! Conhecemos pessoas muito queridas e curtimos um tempo muito bom na cidade!
Tchau Frankfurt, e obrigada por nos receber tão bem!
#ACaminhoDeNovosDesafios
Além dessas mencionadas, só queria acrescentar algumas coisas que me incomodam também:
ResponderExcluir- Impostos: não basta taxar a renda, cobrar aposentadoria pública, obrigar a ter plano de saúde, ainda tem imposto da TV/rádio/internet, imposto para igreja (católica e protestante), imposto pelo animal de estimação, imposto do meio ambiente, entre outros
- Sistema de "Pfand": tem vezes que você paga mais pela embalagem que pelo produto e se perder a garrafa ou só estraviar o rótulo já não recebe o dinheiro devolta. Se a cidade oferece coleta seletiva com lixeiras dedicadas e teoricamente as pessoas são educadas desde pequenas para cuidar do ambiente, não é necessário fazer as pessoas pagarem mais uma coisa e ficarem carregando garrafas vazias de um lado para o outro. Outros países europeus têm coleta seletiva mas não usam esse sistema, então as pessoas jogam na lixeira adequada e não precisam se preocupar com a coleção de garrafas
- Pressão social para se conformar: As pessoas se preocupam demais em "entrar na linha" e fazer o que é socialmente aceitável. Às vezes se ouve na rua alguém desconhecido "corrigindo" o outro em voz alta e se sentindo superior a respeito. Em algumas cidades você não pode pintar sua própria casa como quiser, tem que seguir o padrão do bairro. São várias coisas coisas pequenas no dia-a-dia que não são o fim do mundo, mas são completamente desnecessárias. O pessoal é bem "caxias" e acha que é necessário criar lei pra controlar tudo, como se as pessoas fossem crianças.