quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Dicas para Viajar com Crianças

Crédito: Pequenada
Muito bem, lá vou eu falar de novo de crianças, apesar de não fazer parte do meu universo... Mas, a pedidos, vou fazer aqui um compilado de informações que podem ser muuuito úteis se você tem filhos e ainda assim que fazer uma super viagem! Não que uma coisa seja impeditivo da outra mas, às vezes, alguns pais ficam tão presos à rotina dos filhos que não conseguem aproveitar “a falta de rotina”. Por isso, apresento uma visão de fora: a minha! Rsrs... Se eu falar muita besteira, me corrijam, mas saibam que tudo isso já foi dito antes de mim. ;)

Não precisa ficar com medo das temidas férias com filhos pequenos, dá pra aproveitar sim! Quer ver?


1 - O melhor destino de viagem é aquele que você quer fazer! Toda viagem é adaptável e, com certeza, você vai saber encaixar as possibilidades da melhor forma. Aproveite enquanto os filhos são pequenos e decida você o destino!

2 - Faça malas pequenas e práticas. Você vai precisar de mãos livres para cuidar das crianças então, por mais que seja difícil, seja uma pessoa compacta!

3 - Conte a eles sobre o local! Crianças também ficam ansiosas e animadas. Conte a elas sobre a viagem que vão fazer, as atividades de quando chegarem, os passeios que estão planejando e o tempo gostoso que passarão em família.

4 - Quando se está com crianças, é preciso parar para comer. Mas este pode ser um momento legal para toda a família. Lanchinhos também são sempre bem vindos, seja num passeio à tarde, ou durante uma viagem de carro.

5 - Planeje a hospedagem. Confira se o hotel tem berço/cama pequena/banheira para o banho e tudo o que uma criança pequena precisa. Pergunte e solicite com antecedência que tudo isso seja disponibilizado durante o tempo de estadia!

6 - Deixe a pressa em casa. Livre-se da correria e do atraso de sempre e entre no clima de férias com as crianças. Se programe para chegar com antecedência nos lugares e não precisar sair correndo. Mas atenção, não chegue com tanta antecedência assim para pegar seu meio de transporte, ou então ficará à toa, matando tempo com as crianças até o avião/ônibus/carro sair.

7 - Criança também gosta de comprar souvenirs (ou qualquer outra bugiganga que aparecer). Por isso, estabeleça uma quantia que cada um poderá gastar e ajude-os nas escolhas.

8 - Lembre-se que imprevistos acontecem e, em vez de estressar toda a família, resolva o problema com bom humor. Se a criança for mais velha, explique a situação para que o momento de tensão não atrapalhe a viagem.

9 - Na volta, para que os pequenos não precisem passar por aquele choque de realidade (que nós, adultos, enfrentamos), depois da viagem, fique alguns dias com a criança em casa, invés de voltar direto para a escolinha. Ter uns dias para readaptar a rotina faz com que a transição seja mais suave!



E se meu filho chorar no avião? Não tem problema! Mas veja algumas dicas para que seu tempo também seja agradável nas alturas:

  • Em voos de duração mais longa, prefira os horários noturnos. Hora do soninho.
  • Confira se você o está com o RG original, certidão de nascimento e passaporte dos filhos. Para viagens ao exterior, faça um seguro viagem! (Melhor prevenir!)
  • Leve uma mochila com os pertences da criança no voo, assim ficará fácil acessar caso precise de uma mamadeira, fralda ou muda de roupa.
  • Visite um pediatra antes de viajar. Entre outras coisas, nariz entupido pode causar/piorar dores de ouvido durante a decolagem e aterrissagem. 
  • Nesta hora em que o avião for subir ou descer, dê a eles algo de mastigar (como chiclete) para evitar dor de ouvido – experiência comprovada de que funciona! Se a criança for de colo, dê algo para ela sugar. 
  • Se for levar seu filho no colo, tente ficar no primeiro assento, pois é mais espaçoso para os pés.
  • Evite dar cafeína ou chocolate antes do voo. Elas vão ficar ainda mais agitadas.  (NÃOOOO)
  • Eventualmente elas vão querer brincar, por isso, leve brinquedos pequenos ou livros para colorir. Desenhos e músicas (off-line e com fones) também podem ser a solução dos pais modernos. 

Mais informações aqui: IG Delas, Melhores Destinos, Casa Blanca, Viaje Aqui


Por fim, deixo vocês com uma coluna muito engraçadinha da Folha de S.Paulo, do Antonio Prata, sobre um voo inesquecível com a seleção de vôlei:

Seleção brasileira de vôlei deu azar de pegar o voo com meus filhos a bordo

Cada milésimo conta. Um milímetro basta. Um grama a mais e sobe-se menos. Uma caloria a menos e demora-se mais. O que dizer então dos efeitos deletérios de viajar com dois bebês urrando a quatro dias da estreia nos Jogos? Podem ou não arruinar o equilíbrio conquistado em meses de esforço, disciplina e meditação? Era só o que me perguntava enquanto tentava controlar os meus filhos com bolachas, suco, livrinhos e inúteis ameaças, ontem, na ponte aérea que as atletas da seleção brasileira de vôlei tiveram o azar de pegar, rumo à Rio-2016.

Não sei o que deu nos meus filhos. Já viajamos de avião algumas vezes e nunca houve um rebu que não pudesse ser controlado com a dosagem certa de glicose e Peppa Pig (sim, admito, é doping —eu provavelmente não seria aprovado por uma Wada da paternidade, mas há momentos em que só substâncias ilícitas garantem a performance almejada). Ontem, no entanto, nem Galinha Pintadinha surtiu efeito: mal decolamos e meus filhos lançaram as vozes mais alto do que a bola no saudoso saque do Bernard.

Eu percebia os olhares dos demais passageiros. Eles pareciam estar pensando exatamente o mesmo que eu: o Brasil na pindaíba, a Olimpíada desacreditada, nós aqui levando pro Rio uma das maiores promessas de medalha, uma das maiores chances de trazer um pouco de alegria a este povo, e você pondo tudo a perder?

Eu falava:“Olivia, Daniel, pelo amor de Deus! Que que cês querem? Querem iPad? Querem leite condensado? A Jaqueline tá na poltrona de trás! Querem o iPad besuntado com leite condensado?". Eu faria qualquer coisa –faria até brotar, não sei como, uma lata de leite condensado–, mas eles estavam mais enfezados que cubana em final contra o Brasil. Cheguei até a pensar, por um momento: que sorte que o técnico é o Zé Roberto, se fosse o Bernardinho eu já ia ter voado pela janela. E então, em algum lugar entre São Paulo e Rio, a trinta mil pés de altitude, do nada, como um levantamento que, de surpresa, vira cortada, o choro estancou; as crianças se concentraram num livrinho, o ouro voltou a ser uma possibilidade.

Pousamos. Fui ao banheiro. Voltava aliviado à poltrona, pensando que não tinha sido tão grave assim, quando vejo a minha filha no colo da Jaqueline.“Que graça!", ela diz.“Ela pesa 13 quilos, Jaqueline! Dá aqui!".“Imagina! Eu tenho um filho dessa idade! Tô matando a saudade do Arthur".“Guarda a energia pras americanas, devolve!".“Tsc! Pode deixar que eu te ajudo" — e sai carregando a Olivia pelo corredor, pela escada, ônibus adentro.

Há horas, ando em círculos por Ipanema. Imagino Jaqueline numa coletiva, depois de uma (toc, toc,toc) derrota:“Tava tudo bem, mas comecei a sentir o ombro. Acho que foi a menina da ponte aérea". Zé Roberto:“O time inteiro tá estressado. Pra lá de meia hora de choro e Galinha Pintadinha... Depois essa aí ainda me pega a criança!".“Ia fazer o que, Zé? Deixar com aquele pai? Não viu como eles choravam?".“O cara tava com a babá, Jaqueline!".“Mas choravam. Pensei no Arthur. Desculpa.".“Não precisa pedir desculpas", diria o técnico.“A culpa não é sua, é daquele pai." “É", “Daquele pai", concordariam todas, com a cabeça baixa e olheiras profundas. 

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