quinta-feira, 10 de março de 2016

Voo de Balão – Salto/ SP


Continuando a aventura de paraquedas, mas, de uma forma um pouco menos radical (não pra quem tem medo de altura, como a minha mãe), hoje vou contar sobre nosso passeio de comemoração de 1 ano de namoro! Foi um lindo lindo passeio de balão!

Há um tempo eu já vinha comentando sobre a ideia e como eu gostaria de fazer o passeio... Até que chegou o dia da surpresa! Uhuuu!



Momentos anteriores

A brincadeira envolve várias questões como clima (sol ou chuva), temperatura, vento, e algumas coisinhas mais. É preciso fazer um agendamento, mas na semana a empresa liga para confirmar o voo por causa do clima.

Resumidamente, o balão sobe por conta do ar quente dentro dele, ou seja, a temperatura do ar ambiente tem que estar mais baixa (mais frio) do que a do balão, se o dia estiver muito quente, o balão não sobe, ou sobre pouco. Por isso, a maioria dos passeios acontece nos primeiros momentos da manhã, mas também há opções para a tarde, um pouco antes do pôr do sol, no período do inverno. Nosso voo estava marcado para às 6h de uma manhã de abril e, consequentemente, tivemos que sair umas 4h da madrugada de casa para chegar a tempo e com folga.

Muitas empresas partem de Boituva - cidade conhecida pelos saltos de paraquedas também -, mas nós partimos de Salto, interior de São Paulo, um pouco depois de Itú.


A montagem

Ao chegar lá, fazemos o "check in" e acompanhamos toda a montagem do balão. Primeiro, o cesto é retirado do carro. Ele é razoavelmente grande, cabem de 10 a 12 passageiros, cada dois em um espacinho delimitado (o padrão é de 35 cm² por pessoa), e não tem porta de abertura, tem que entrar por cima, mas tem escadinha ou alguém faz o famoso “pezinho”. Depois, o envelope – que é o balão em si – é desenrolado no chão e inflado com um ventilador, em seguida, um maçarico é acoplado ao cesto, que fica deitado, e começa a aquecer o ar dentro do balão. Aos poucos ele vai subindo e virando até atingir a posição vertical correta.

O piloto explicou que o tecido do envelope é muito resistente, tem diversas camadas, inclusive uma de material usado por bombeiros e pilotos de fórmula 1, então, não pode acabar com aquele medo de pegar fogo. Além disso, por mais difícil que seja, o balão suporta “pequenos” furos de até 25 cm. E se tiverem muito furos? Ainda assim, não vai cair, mas terá uma perda de ar quente, o que vai provocar uma velocidade menor de subida. Ou seja, sem neura!


O passeio

Depois que estão todos dentro, começamos a subir. No nosso caso fomos em 8 pessoas (1 casal em cada ponta) e mais 2 pilotos (no meio). É incrível ver tudo ficando pequenininho. O passeio demora cerca de 1h, podendo variar de acordo com os ventos e o tempo da descida.

 Em vários momentos e piloto chega bem pertinho do chão, depois sobe bastante novamente. O balão pode chegar a 500 metros de altura do solo, mas parece bem mais! É uma aventura linda e super divertida! Fiquei ainda mais apaixonada!

No nosso caso, um segundo balão levantou voo logo depois do nosso, o que deixou as fotos ainda mais legais :)


O resgate

E uma das partes mais interessantes é o resgate. O balão, quando levanta voo, nunca sabe ao certo onde irá parar, por isso que é importante estar em uma área pouco habitada, e segue a trajetória do vento. Para não ficar perdido por aí, uma equipe de carro acompanha dando o apoio no solo, chamada de “resgate”. Por isso que cada voo de balão é único!

O nosso balão voava em direção a fazendas quando o piloto decidiu pousar. Enquanto ele diminuía a altura e identificava um espaço legal, a equipe de apoio no chão abordava o morador da fazenda pedindo permissão para pousar o balão e entrar com o carro. Chegamos até a descer o balão em um pasto, mas descobrimos que o carro não teria como chegar até nós por conta dos caminhos e árvores da fazenda. Conclusão, levantamos voo de novo e tivemos um chorinho!

Depois, achamos outra fazenda para parar e lá fomos nós concluir nossa descida! Com o balão no chão, é hora de celebrar! Todo mundo ganha uma taça de champanhe e brinda o passeio. Recentemente descobri que tem uma história por trás. Parece que, no começo do balonismo (por volta de 1780), os primeiros aviadores assustaram um tanto quando os fazendeiros, e decidiram levar garrafas de champanhe para acalmar os agricultores locais e mostrar que eles eram pessoas comuns, e não qualquer coisa estranha, como ets. Loucura né?! Será?... Bom, pela tradição, a maioria dos balonistas faz o brinde de champanhe depois dos voos e ainda tem direito a um café da manhã.


Dicas

  • Vista roupas confortáveis.
  • Vá de sapato fechado e leve um casaco. Como é muito cedo, pode ficar frio e único, por causa do orvalho.
  • Leve um boné e passe protetor solar
  • Máquina fotográfica não pode faltar
  • Deixe a mochila no carro, na volta você será devolvido ao local.


Tem mais dúvidas? Dê uma lida nesse SITE e saia um expert de balões! :)

Até o próximo voo! Digo, post!

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