quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Lençóis Maranhenses e São Luís – MA


E lá vamos nós resgatar mais uma viagem da memória (e dos álbuns de fotografia rs). Esta daqui aconteceu em 2009, mas muita coisa continua igual! A ideia principal era visitar os Lençóis Maranhenses – que ficaram famosos depois da novela “O Clone”. Sendo assim, programamos alguns dias na capital, São Luís, para depois conhecer a cidade de Barreirinhas. Vamos?

O melhor período para visitar São Luís é entre julho e dezembro, quando o tempo é quente e seco, mas com ventos frescos. De janeiro a junho acontecem as chuvas. No entanto, se seu foco forem os Lençóis, como era o nosso, a indicação é visitar exatamente no período das chuvas – quando as lagoas estão cheias, pois são formadas pelo acúmulo da água da chuva. Considerando tudo isso, escolhemos janeiro para viajar: aproveitar o tempo ainda quente e já pegar as lagoas enchendo.

#DICA: De setembro a outubro e de fevereiro a abril, o banho nas lagoas é limitado pelo nível médio das lagoas. Se informe!



São Luís


Centro Histórico
Uma vez na cidade, aproveitamos para conhecer o centro histórico de São Luís. A cidade foi fundada pelos franceses em 1612, mas foram os portugueses que deixaram sua marca no local por meio do estilo arquitetônico, tanto que uma das principais características da cidade são os azulejos desenhados – seja na arquitetura, seja no artesanato e lembrancinhas.

Aproveite para conhecer o Mercado Central! Ele ocupa um quarteirão inteiro e tem cerca de 450 barraquinhas que vão desde peixes e frutos do mar a castanhas e artesanatos. A bagunça do local incomoda algumas pessoas, mas é marca registrada do mercadão. Eu, particularmente, não gostei muito da região central, achei um pouco suja e confusa... Mas, talvez as coisas já tenham se modificado neste período.

Praias
São Marcos
Depois de conhecer o centro, fomos às praias, claro! A orla começam na Ponta D´Areia (4 km do Centro) e vai na direção leste, seguindo por São Marcos, Calhau, Olho D´Água, Praia do Meio e, mais distante, Araçagi. Vamos as principais:
  1. São Marcos: Fácil de ser reconhecida, tem uma estátua de pescadores na frente, e é muito bem estruturada, cheia de quiosques ao longo da orla. Vale a pena passar um período na praia, caminhar no calçadão e aproveitar a música dos quiosques tanto de dia, quanto à noite.
  2. Calhau: Um pouco mais à frente está Calhau. Também é bem estruturada, com restaurante e coqueiros ao redor. Uma curiosidade era a grande distância entre o calçadão e o mar! Deveria passar de 500 m! Ou seja, bastante espaço para caminhar e brincar na areia rs.
  3. Araçagi
  4. Araçagi: Fica a 19 km do Centro e, por isso, acaba sendo menos movimentada. Como funciona: você entra com o carro na areia (!!) e vai percorrendo a praia até chegar a uma barraquinha que goste. Diversas tendas estão dispostas na praia, assim você escolhe uma e estaciona seu carro ao lado! Só tome cuidado para a maré não subir!!
#Alerta: Passamos por momentos muito gostosos nas praias de São Luís, mas infelizmente também passamos por algo inesperado, uma tentativa de assalto. Fique ligado na Praia da Ponta D´Areia, ela é a mais próxima do centro e é murada na avenida, tendo algumas escadas ao longo da orla para entrada e saída da praia, é neste momento que coisas podem acontecer. Se puder, gaste seu tempo nas outras praias, é mais garantido!



Lençóis Maranhenses:


Alugamos um carro em São Luís e programamos nossa ida para Barreirinhas, onde ficamos 2 dias e meio. Existem excursões e ônibus de viagens de uma cidade para a outra, mas optamos pelo carro e por conhecer as estradas da região. São 250 km que levam cerca de 4 horas para serem percorridos. A estrada é bem simples e um pouco esburacada, com longos períodos de mão dupla com uma faixa... e alguns jegues (yep!) no meio do caminho, ou seja, evite dirigir à noite (falta iluminação).

Em Barreirinhas, visitamos umas duas ou três pousadas antes de escolher. Você pode reservar com antecedência, mas na época, não estava muito cheio. A cidade oferece atrativos e passeios para mais de uma semana, mas escolhemos os principais e, no dia seguinte, fizemos o primeiro "must-see" passeio:

Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses
O Parque tem uma área 155 mil hectares e 70 km só de praia. Ele abrange os municípios de Barreirinhas, Humberto de Campos e Primeira Cruz. A sede fica a 2 km de Barreirinhas – motivo pelo qual todos se hospedam lá -, do outro lado do Rio Preguiça, onde se atravessa de balsa. Tanto a travessia quanto o acesso com veículos especializados estão incluídos nos passeios contratados. O carro percorrerá uma estradinha de mata até chegar no ponto certo das dunas, a partir daí, é uma longa caminhada para visitar e mergulhar nas principais piscinas de água doce! Vale reforçar que o parque é um lugar de contato direto com uma natureza, por isso, dispense as roupas pesadas e tome um café reforçado.

O passeio é lindo e vale a pena cada minuto de caminhada. As lagoas são transparentes e na volta, se você der sorte, ainda vai pegar um caloroso pôr do sol!

O que levar:
  • Shorts, camisetas e roupa de banho.
  • Chinelo
  • protetor solar
  • Chapéu/boné
  • Repelente
  • Óculos escuros
  • Lanche para o meio do caminho
  • Garrafa de água
Importante falar: Nunca vá ao Parque Nacional sem um guia. É perigoso andar nas dunas sozinho pois elas são muito parecidas e se movem ao longo do tempo! Nessa situação, o barato pode sair bem caro...


Lancha Voadeira
No segundo dia, fizemos um passeio pelo Rio Preguiça e Farol Mandacaru, com a ‘lancha voadeira’. Partindo pelo Rio Preguiça, são 3 paradas ao longo do dia: a primeira é na região de Vassouras, em uma pequena ilha, ou “pequenos lençóis”, onde você pode conhecer a fauna e flora do local, com direito a alimentar os macaquinhos de lá (cuidado, não são TÃO dóceis assim).


Vista Farol das Preguiças
A segunda parada é no povoado de Mandacaru, uma vila de pescadores com um farol de 32 metros de altura, de onde é possível ver as dunas, manguezais e cajueiros, a 360º! Construído em 1940, o Farol das Preguiças tem cerca de 160 degraus, mas a paisagem lá de cima compensa. Depois de dar uma volta na cidade, partimos com a lancha parte para a última parada.

Finalmente o barco estaciona na praia de Caburé, a mais legal das 3 paradas! A península tem o mar de um lado e o rio do outro (e mais a frente, a junção dos dois)! Apesar de ter pouca estrutura - quando eu fui, os restaurantes funcionavam com gerador, pois não tinha energia elétrica -, a praia atende muito bem aos turistas! Peça seu almoço e aproveite a espera para tomar um banho de mar e outro de rio, depois mais um de rio e outro de mar. Depois do almoço, a lancha volta para Barreirinhas por volta das 15h. Missão cumprida ... e comprida também!

Veja mais sobre o passeio de lancha nessa reportagem da UOL!

Boas festas e até o ano que vem!!

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