quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Como a eleição dos Estados Unidos influencia o Turismo – Inspiração do Dia

Olá! Estamos aqui mais uma vez para falar sobre viagens. Mas, ontem, 9 de novembro, algo mudou no mundo! Acordamos com a surpreendente noticia de que o novo presidente dos Estados Unidos é, nada mais nada menos, que Donald Trump. Confesso que fiquei chocada! Não imaginava que essa era uma possibilidade real de cenário.

E no meio de tantas (des)informações e polêmicas, surge a pergunta: o que isso muda no mundo das viagens e viajantes? Como o 45º presidente só assume em 20 de janeiro de 2017, as coisas ainda estão muito confusas, precisamos esperar as águas rolarem um pouco para que se possa entender mesmo como Trump dará rumo às coisas. Enquanto torcemos pelo melhor, separei alguns textos (ou parte deles) que podem nos ajudar a ter uma luz neste panorama. São textos do portal Panrotas, jornal Valor Econômico, portal R7 e BBC. Veja só: 



Pantoras 
Que impacto a eleição de Trump terá no Turismo?
09/11 - Fernanda Cordeiro

A indústria de Viagens e Turismo americana vive grande expectativa. Com discurso protecionista e radical contra imigrantes ilegais, Trump soltou farpas pesadas contra mexicanos e muçulmanos e disse que irá rever acordos que não são vantajosos aos Estados Unidos. Uma priorização da indústria americana é prevista, assim como uma diminuição dos impostos aos cidadãos dos Estados Unidos.

O primeiro tema pode acarretar uma imagem não tão positiva na América Latina, Ásia e Europa, o que afeta o Turismo, incluindo o acesso às compras nos Estados Unidos. O segundo aumenta o poder de compra dos americanos e pode mais uma vez compensar uma possível retração de visitantes internacionais. O lado empresarial com certeza é um ponto forte de Trump, mas um trabalho de imagem já começa a ser feito. Ele mesmo disse, no discurso de vitória, que governará para todos os americanos.

É uma chacoalhada nos Estados Unidos, com apreensão de todos os lados, mas uma oportunidade de mudanças e definição de novas regras. O Turismo do país espera não retroceder, mas como os republicanos devem manter o controle do Congresso, avanços em nossa indústria devem ser mantidos. Agora é esperar para ver as medidas reais do presidente Trump."


Valor Econômico 
Impacto da eleição de Trump no turismo será assimilado rapidamente
09/11- João José Oliveira

O impacto da eleição do republicano Donald Trump tende a ser assimilado rapidamente no segmento de turismo, afirma o presidente da Associação dos Agentes de Viagens (Abav), Edmar Bull, para quem a repercussão deve permanecer restrita às oscilações cambiais.

‘Os Estados Unidos têm instituições muito fortes e consolidadas. A eleição de Trump não influencia, em um primeiro momento, o andamento do fluxo de turismo entre Estados Unidos e Brasil. Até porque boa parte das compras de viagens e pacotes para o fim de ano já foi feita’, disse Bull, ressaltando que os Estados Unidos são o principal destino dos turistas brasileiros no período de festas de fim de ano e férias verão 2017.

Por ano, os Estados Unidos representam cerca de 25% dos brasileiros que viajam ao exterior todos os anos. Os destinos americanos receberam 2,5 milhões de brasileiros em 2015. 

Os Estados Unidos enviaram 575 mil visitantes a destinos brasileiros em 2015, o segundo maior emissor, atrás da Argentina, que mandou 2,1 milhões de pessoas.

O Brasil é o principal destino turístico na América do Sul, mas apenas o quarto nas Américas — ficando atrás de Estados Unidos, que recebem quase 78 milhões de turistas, México (com 32 milhões de turistas ao ano ) e Canadá (17 milhões de visitantes). 

Segundo a Abav, as vendas totais de viagens neste ano no Brasil — incluindo roteiros domésticos e internacionais — vão crescer 6% ante 2015"


R7 
Após eleição de Trump turista brasileiro corre risco de preconceito nos EUA?
09/11 - Andrea Miramontes

“Após a vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA, turistas e visitantes brasileiros que querem embarcar para o destino podem se tranquilizar.

De acordo com o analista político Sidney Leite, pró-reitor acadêmico e professor de relações internacionais da Faculdade Belas Artes, não há risco de xenofobia, pois o interesse econômico dos EUA é de manter o fluxo de visitantes, mesmo porque o turista brasileiro está entre os que mais consomem no país.

Segundo o Departamento Nacional de Viagem e Turismo do país, em 2015, mais de 2 milhões de visitantes do Brasil viajaram para os Estados Unidos e gastaram US$ 13,6 bilhões durante suas viagens. ‘No programa de Donald Trump há claramente três vilões, que são mexicanos, muçulmanos e chineses. Brasileiro não está na lista.’

O analista completa ainda que a tendência é a de uma continuidade no relacionamento para facilitar a entrada de brasileiro nos Estados Unidos e de americanos por aqui. Já os brasileiros que moram nos Estados Unidos estão preocupados com a vitória de Trump. De acordo com os especialistas, se a pessoa está com a documentação ilegal tem mesmo que se preocupar, como relata Leite.

‘As políticas dele são restritivas, eu ficaria bastante preocupado. Em muitos momentos ele falou em expulsão dos ilegais. Para quem está lá, o cenário muda.’
  
Xingamentos nas ruas

O professor do departamento de Relações Internacionais da PUC-SP e coordenador do Observatório Político dos Estados Unidos, Geraldo Zahran, completa que, no caso específico de muçulmanos e latinos, os grupos podem até sofrer perseguições nas ruas e formar guetos. ‘De acordo com o tom das políticas adotadas, muçulmanos em particular podem sofrer xingamentos e perseguição aberta, até ameaças à integridade física nas ruas.’

Ele completa ainda que, dependendo de como a política andar, esse tipo de situação pode até transbordar para brasileiros que estão ilegais por lá. ‘Em um primeiro momento, vai ter deportação. Já tinha no governo Obama e vai continuar. Mas tudo depende também da força da política adotada agora por Trump.’

O analista político acredita que, se economia americana continuar em crescimento, é bem provável que a política externa do  novo presidente não chegue ao extremo."


BBC 
Como a vitória de Trump pode afetar o Brasil?
10/11 - Redação

“Imigração e vistos:

Estima-se que um milhão de brasileiros vivam nos EUA, boa parte em situação migratória irregular.
Ele diz que protegerá o ‘bem-estar econômico de imigrantes legais’ e que a admissão de novos imigrantes levará em conta suas chances de obter sucesso nos EUA, o que em tese favoreceria brasileiros com alta escolaridade e habilidades específicas que queiram migrar para o país.

Outro tema de interesse dos brasileiros é a facilidade para obter vistos americanos. Trump fez poucas menções ao sistema de concessão de vistos do país.

Hoje, Brasil e EUA negociam a adesão brasileira a um programa que reduziria a burocracia para viajantes frequentes brasileiros, como executivos. A eliminação dos vistos, porém, ainda parece distante. Para que a isenção possa ser negociada, precisaria haver uma redução no índice de vistos rejeitados em consulados americanos no Brasil, uma exigência da legislação dos EUA.

Tanto Barack Obama quanto Hillary Clinton apoiavam reformas no sistema de imigração americano, que dariam cidadania a imigrantes ilegais que hoje vivem nos Estados Unidos. Já Trump fez declarações polêmicas durante a campanha, ameaçando deportar 11 milhões de imigrantes ilegais. Sua promessa de construir um muro na fronteira com o México gerou revolta entre parte da comunidade hispânica no país.

Ao final da campanha, Trump não mudou o tom prometendo, por exemplo, ‘veto extremo’ à imigração. Mas deu menos detalhes sobre quais políticas irá realmente adotar. No entanto, é praticamente certo que as medidas propagadas pelos democratas não serão implementadas."


Boa sorte e boa noite.

*Imagens de Trump retiradas do Google

Um comentário:

  1. Acredito que, passada a eleição, o Trump vai tirar esta mascara de 'homem repugnante' e colocará a de presidente e será mais flexível. Assim como o Obama fez, pois, apesar de ser uma cara boa pinta e muito carismático, o Obama não fez muito das coisas que as pessoas esperavam dele. A prisão de Guantánamo, por exemplo, existe até hoje.
    Contudo, se realmente ficar mais difícil para ir à terra do Tio Sam, será um bom momento de explorar novos destinos, né?
    Existem vários países que não exigem nem visto! Alíás, aí está um tema que gostaria de ver aqui no blog Amandinha! ;)
    Bjs

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