quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Maceió – AL


Para falar sobre o destino de hoje, confesso que precisei fazer um exercício de memória e acabei recorrendo ao Google Maps para lembrar o nome de algumas praias. A data, no entanto, não esqueço, foi em abril de 2011 (e eu estava quase começando a namorar com o Lucas - hoje já com 1 ano de casados).

Aproveitando meu período de férias e o aniversário da minha mãe, fechamos 9 dias de viagem em família: 5 em Maceió (Alagoas) e outros 4 em Porto de Galinhas (PE), mas esta segunda parte ficará para semana que vem. Hoje vamos focar na capital alagoana!


Ao chegar na cidade, você vai perceber que ela é naturalmente dividida em 3 partes: praias do norte, praias urbanas, praias do sul. Todas elas têm águas mornas, coqueiros e piscinas naturais. Mas, além da diferença geográfica (lógica), as praias urbanas são um pouco mais movimentadas e possuem ciclovia, calçadão e barracas de infra-estrutura.

#DICA: Importante, antes de fechar sua viagem, ou quando for planejar seu roteiro, verifique a Tábua de Marés! Ela é muuuito importante quando se pretende ir alugares com piscinas naturais (visíveis principalmente durante a maré baixa). Existem algumas como a da Marinha, uma outra chamada exatamente como Tábua de Marés e até uma do Climatempo.


Praias Urbanas


Elas ocupam cerca de 6km da orla entre Pajuçara, Ponta Verde, Jatiúca e Cruz das Almas (esta última com o mar um pouco mais aberto, o que atrai surfistas). Apesar da paisagem ser linda, as águas são um pouco mais poluídas do que as das praias mais afastadas - principalmente a de Jatiúca, por conta do esgoto aberto.

É ali no centrinho também que acontece a movimentação noturna e o acesso para a Feira de Pajuçara, o Pavilhão de Artesanato e o Mercado. Sim, castanhas de cajus, roupas típicas e rendas não vão faltar! Assim como as milhares de garrafinhas de areia colorida (eles gravam seu nome na hora!).


Praias do Sul


No sul ficam duas praias bastante famosas e vistas em diversos cartões postais: a do Francês e a do Gunga! Com distâncias de 25 e 43 km do centro, vale a pena verificar os passeios oferecidos por agências, ou mesmo o aluguel de carro por um dia. Nós fomos de carro.

Praia do Gunga
Chegando na praia do Francês, fomos um pouco surpreendidos pela quantidade de gente e vendedores ambulantes - tinha muita muvuca e disputa por um pedaço de areia. Mas a vista era linda e o mar uma delícia. Andamos um pouco, descansamos muito, nadamos bastante e beliscamos algumas gordices. Depois, lá fomos nós para a próxima parada.

Mais alguns quilômetros pela frente (faço aqui uma pausa para falar que a estrada estava boa, bem tranquila e sem muitos buracos - a noite dificultou um pouco pela falta de iluminação), chegamos à praia do Gunga. Diferentemente da parada anterior, esta estava quase vazia! Acredite! É uma praia com um pouco mais de tombo, mas também tem areias brancas e um mar super gostoso. Mais uma pausa para comer, tomar sol, nada e fazer o que se faz na praia: nada! :)

Dunas de Marapé - Rio Jequiá
Um último ponto mas não menos importante a ser destacado na parte sul de Maceió são as Dunas de Marapé! A 65 km do centro, fica em Jequiá da Praia e no encontro do mar com o próprio rio Jequiá. O acesso ao local é feito com travessia de barco (às vezes, quando a maré está baixa, é possível fazer uma parte da travessia à pé). Do outro lado tem um centro de lazer com restaurante, buggy, trilhas e passeios extras. O passeio todo é muito gostoso, o espaço é bastante agradável, não é muito cheio e você pode tirar um dia para relaxar e curtir o lindo encontro das águas. Anote no roteiro!


Praias do Norte 


Do lado norte agora, também existem incontáveis e lindas praias, desde as mais agitadinhas até as mais desertas. Vamos falar de algumas especiais aqui:

Atravessamos Gaxuma, Garça Torta, Riacho Doce, Pratagi... Um pouco acima delas você vai encontrar a praia de Ipioca, bem vazia e outro cartão postal lindo de morrer. Se destacando no meio do nada e, muito bem rankeado, está o restaurante Hibiscus Alagoas com um complexozinho para descansar. É muito bem decorado, com bom atendimento e comida boa! Não estava exatamente na minha primeira ideia falar dele aqui, mas como vi muita gente elogiando e eu mesma tive a prova viva, resolvi fazer o registro. :)

Galés de Maragogi 
Continuando para além da cidade de Maceió: Paripueira, Barra de Santo Antônio, São Miguel dos Milagres, Porto das Pedras, Japaratinga... Quase chegando no estado de Pernambuco você vai encontrar a linda cidade de Maragogi. São 128 km e este é um passeio que vale a pena fazer como agência, dependendo do horário de maré baixa na sua Tábua de Marés. Às vezes é preciso sair bem cedo para conseguir aproveitar o passeio.

A costa dos corais tem areias finas e águas transparentes... É quase uma viagem à parte e o ponto forte é mergulhar nas Galés – como são chamadas as piscinas naturais. Deixe uma jangada te levar 6 km mar adentro e conheça o aquário natural de Maragogi. Você pode optar pela flutuação com snorkel ou pelo mergulho com cilindro (os dois são lindos, mas os $ podem ser bem diferentes rs). Se você tiver o seu próprio snorkel, coloque na mala! Pegamos um dia que o mar estava meio mexido por conta de uma chuva dias anteriores, mas mesmo assim o passeio foi fantástico.

*Fonte: A Cozinha da Cacau
Depois de feirinhas e praias, NÃO DEIXE DE EXPERIMENTAR a iguaria de Maceió: o Sururu – ou o caldo dele.  Não sei se é propriamente de Alagoas, mas é bem difundido por lá. É um molusquinho que mede, no máximo, 2 cm. É vendido como couvert, entrada ou na composição de outros pratos. Aparentemente, no Espírito Santo se como a moqueca de Sururu. No começo é meio estranho, mas depois fica bem gostoso. Vai aí?


Afinal, viajar não é apenas ver paisagens, é conhecer a cultura!

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