sexta-feira, 3 de julho de 2015

Wellington, Nelson e Fox Glacier – Nova Zelândia


Dando continuidade a nossa viagem, saímos de Taupo e seguimos para Wellington, encarando mais 370 km à nossa frente. O bom é que a paisagem é bonita e muito diversificada então dá para aproveitar o tempo dentro do carro, além de repor as horas perdidas de sono (caso você não seja o motorista)...

Wellington tem cerca de 600 mil habitantes e, além de ser a capital cultural do país, também é a sede do Governo e do Parlamento da Nova Zelândia. Isso faz dela uma cidade bastante movimentada e desenvolvida, com uma vida noturna um pouco mais agitada. Passamos só dois dias na cidade, mas deu para conhecer bastante.


Passeios em Wellington

No dia em que chegamos aproveitamos para conhecer o zoológico da cidade, chamado de Wellington Zoo. Nele, os animais ficam bem próximos do público e, de certa forma, até um pouco livres, como na área dos cangurus, em que os animais ficavam no espaço das pessoas, sem grades de separação. Lá foi o único lugar que vimos o “kiwi”, pássaro super famoso típico da Nova Zelândia, responsável por ser o apelido do povo.

Wellington Zoo
Conhecemos também os estúdios da Weta, produtora de efeitos visuais de filmes como Avatar, Senhor dos Anéis, King Kong e tantos outros. É preciso fazer reserva antes e a equipe te leva para um tour de aproximadamente uma hora explicando como são feitos os materiais utilizados nos filmes, armas, armaduras, máscaras e muito mais. É proibido fotografar na parte interna porque, enquanto você está lá, eles estão produzindo materiais para os próximos filmes – no nosso caso, o último Hobbit, que seria lançado apenas 1 mês e meio depois.

Como os dias estavam frios e um pouco chuvosos, optamos por passeios em lugares fechados ou com algum tipo de teto, assim, fomos fazer o passeio de Cable Car – um bondinho bastante utilizado no dia a dia para locomoção das pessoas.

 

O ponto de partida do Cable Car era o Wellington Botanic Garden, um parque bem cultivado cheio de flores, que também abriga o Carter Observatory (além de observatório e museu, tem rápidas apresentações no planetário).

Te Papa Museum 
Por fim, visitamos o Te Papa Tongarewa Museum, ou "o lugar dos tesouros desta terra". Um dos museus de história natural mais completo da Nova Zelândia. Para aqueles que têm alguma ressalva, apesar de ser museu, é muito bonito e bastante interativo.

O que faltou: Zealandia. Caracterizado como uma das “must-see-attractions”, é um projeto com uma área de restauração com foco em pássaros e insetos. É um espaço aberto que abriga as espécies raras, autointitulado eco-santuário. Infelizmente, por conta da chuva, não conseguimos conhecer.

 Deixando Wellington, deixamos também a ilha norte. Quase perdemos nossa ferry para a ilha sul. Atenção, se isso fizer parte do seu roteiro, saia com mais de uma hora de antecedência! A pequena balsa da minha imaginação era uma embarcação de sete andares, praticamente um navio, com estacionamento para os carros, restaurantes, cinema e acomodações de diferentes tipos. Claro! Era necessário para enfrentar o estreito de Cook e mais de 3 horas em alto mar. No começo foi bem divertido, depois começou a ficar tenso. Se você é daqueles que gosta de tomar Dramin, tome uns 3 comprimidinhos de uma vez!

Passada a emoção do alto mar, chegamos em Picton, onde pegamos o carro e continuamos em direção a Nelson (mais 135 km de estrada).

Quando chegamos em Nelson, descobri que era minha cidade preferida, mesmo sem ter terminado a viagem. O mar da Tasmânia era lindo demais e já tinha decidido que era meu mar favorito também! Não tinha a infraestrutura de Wellington, mas agradava justamente por ser uma cidade menor e bem charmosa. Ficamos no Grand Mercure e nossa acomodação estava especificada como “cottage”, o que causou um certo receio no começo, mas descobrimos ser um chalezinho top! Ou seja, minha cidade preferida.


Passeios em Nelson

Nosso cottage
Conhecemos o Abel Tasman Park, um parque que abriga praias com areias douradas (Golden Beachs) e penhascos de granito – por essa razão, há áreas em que só se chega pelo mar. Dentro do nosso pacote com a Kangaroo Tours fizemos um passeio de caiaque um pouco mais radical... Fomos de barco até quase o final da baía, onde nosso guia estava nos aguardando com 4 lindos caiaques.

Descemos com outros dois casais e fomos entender o passeio: em cada caiaque caberiam duas pessoas e o guia nos acompanharia por um passeio em alto mar, de cerca de duas horas, até voltarmos ao ponto de encontro, onde o barco nos recolheria e nos levaria ao perímetro onde o carro estava. Se não chegássemos a tempo no local combinado, iríamos ser resgatados pelo barco só no dia seguinte!... Ou pelo menos foi o que o nosso monitor resolveu falar para nos incentivar. Funcionou.

Caiaque no Abel Tasman Park

Depois de alguns enroscos para entender como o caiaque funcionava em dupla, fizemos a volta em uma pequena ilha com pinguins e leões marinhos (achei que iríamos virar almoço) e voltamos apreciando a paisagem e fazendo pausas estratégicas muito bem-vindas para comer e conversar. Foi show! Voltamos acabados!

A nossa falta de energia não foi desculpa para o dia seguinte. Subimos uma trilha até o centro da Nova Zelândia, ou pelo menos era o que a placa dizia: “Centre of New Zealand”. Aparentemente não ficava no centro do país, tinha sido usado como local inicial de um pesquisador em 1870 e ficou assim, mas não importa. A vista da cidade era linda e isso foi suficiente.


Vista da cidade

Para os interessados em comida: o centro de Nelson tem duas ruas com vários restaurantes para todos os gostos e bolsos $$.

Partindo da linda cidade de Nelson, fomos para Fox Glacier, em uma looonga viagem de 6 horas e 480 km... Fox Glacier fica a apenas 20 km de sua vizinha, Franz Josef Glacier, divididas apenas por... adivinhe... um Glacier (dert).

Glacier, ou geleira, segundo a Wikipédia é uma “grande e espessa massa de gelo formada em camadas sucessivas de neve compactada e recristalizada, de várias épocas, em regiões onde a acumulação de neve é superior ao degelo”, ou seja, neve que sofre influência de pressão, temperatura e ventos formando esculturas incríveis do gelo que derrete e congela.


Passeios em Fox Glacier e Franz Josef

Visitamos a encosta da geleira das duas cidades pelo acesso a pé. São trilhas tranquilas que vão até o pé das geleiras, passando por antigos vales e mostrando como ela já derreteu ao longo dos anos: placas indicadoras mostram até onde o gelo chegava a tantos anos atrás. É impressionante, e mostra como a situação se acentuou no passado recente.

Pé da encosta
No dia seguinte, quando o céu abriu, conseguimos fazer o passeio de helicóptero até a geleira. A aeronave pousou em cima do glacier (na parte estável) e, aí sim, pudemos ver seu tamanho e magnitude. Ali começamos nossa aventura como desbravadores, com garras amarradas nas botas e um guia para nos ajudar no gelo. Foi demais!

Formações do Glacier



No tempo que restou, conhecemos o Lake Matheson e fizemos a trilha em sua volta e, para relaxar, passamos algumas horas no Glacier Hot Pools – assim como em Taupo, Franz Josef tem um espaço com piscinas termais! De acordo com os maoris, as piscinas são alimentadas pelas “lágrimas congeladas do amor perdido de Hinehukatere”. Gostou?

  

Semana que vem seguimos ao nosso último destino nas terras longínquas da NZ: Queenstown, a capital da aventura!

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