Ele é um território britânico ultramarino e faz fronteira com a Espanha – fica ali na pontinha por onde é possível cruzar para o continente africano.
Essa divisória marítima é o famoso Estreito de Gibraltar. Além de dividir os dois continentes divide também o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo, e tem grande peso político e geográfico.
Por não ser considerado parte da União Européia, sua moeda é a libra de Gibraltar (£) que se equipara à libra esterlina.
O local foi cedido à Grã-Bretanha pela Espanha em 1713, após a Guerra de Sucessão Espanhola. No entanto, em 1779, forças espanholas e francesas montaram um cerco em Gibraltar, mas não obtiveram sucesso frente aos britânicos. Em 1967, um referendo foi organizado para verificar a intenção dos gibraltinos em permanecer debaixo da soberania do Reino Unido, e venceu com 99,64% dos votos continuando assim até hoje.
Nós tivemos apenas 1 dia para conhecer esta região, por isso compactamos os principais destaques no passeio! Gibraltar não é exatamente barato, então se você estiver de carro ou puder se locomover, vale procurar hospedagem do outro lado da fronteira, na Espanha. Nós optamos por dormir na cidade de Los Barrios (14 km de distância); Algeciras também é uma boa opção (20 km)!
Para atravessar para Gibraltar é preciso passar pela fronteira, mas nada que precise se preocupar, tenha apenas seu passaporte com você caso seja solicitado. Depois da fronteira está a pista de avião, assim, no meio do caminho! Quando eu avião está se preparando para pousar é preciso fechar a passagem de carros!!!
Veja acima a pista de aviões que atravessa a cidade e acaba no mar |
Começamos passeando pela Marina Bay Square, uma passarela cheia de restaurantes, de onde é possível ver os barcos e até o Casino/Hotel Yatch! Lá de baixo conseguimos ver também a montanha que nos esperava (ou, pelo menos, parte dela à direita na foto).
Em seguida fomos em direção aos túneis na montanha, Great Siege Tunnels. Para chegar até eles, passamos por uma portaria no meio da rua, a partir daí só é permitida a entrada com ingressos (você pode escolher alguns combos) e à pé (há outras ruas que permitem entrar com carro).
Depois, pegamos o bondinho para subir o restante da montanha. Lá em cima encontramos uma série deles: os macacos! E estes não são pequenos não! Dá uma olhadinha neste vídeo-flagra das macaquices que encontramos pelo caminho:
Continuamos por uma trilha até um ponto com observatório, o Skywalk Gibraltar. Dali a vista é incrível por todos os lados, há ainda um chão de vidro e uma rosa dos ventos com a indicação do Rio de Janeiro (7674 km)!
Mais 700 m de caminhada e chegamos na St Michael´s Cave. Localizada a 300 m acima do nível do mar, esta é a mais visitada das 150 cavernas encontradas em Gibraltar. Por muito tempo acreditou-se que a caverna não tinha fim e estava ligada à África por uma passagem subterrânea pelo Estreito de Gibraltar! Inclusive, de acordo com a lenda, teria sido por ali que os macacos chegaram a Gibraltar!
Hoje, toda iluminada e bastante turística, ela tem sido usada como teatro e tem capacidade para 600 pessoas no seu salão principal.
Voltamos de bondinho até o carro e seguimos para o ponto mais extremo da região, o Punta Europa, ou Europa Point. Ali está o farol Trinity House, construído em 1841, com 49 m de altura e uma visibilidade possível de até 37 km! Mas não é preciso tudo isso para enxergar o outro lado; dependendo do dia você consegue ver a pontinha do continente africano.
Extra:
Outro ponto de onde é possível avistar a África é em Punta de Tarifa, na pequena ilha da cidade de Tarifa, na Espanha. Este é o ponto mais ao sul da Europa. Dali dá pra ver o norte do Marrocos, além de lindas praias, boas para banho e para curtir um dia de sol. Por isso, se tiver um tempinho sobrando, visite também Tarifa, a 45 km de Gibraltar.
Boa viagem!
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