quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Amsterdam – Países Baixos

Minha vez de falar... por Manuela Parisi


Hoje conseguimos mais uma participação extra para o blog! Quem irá contar a sua experiência dessa vez é a Manu Parisi, falando sobre a viagem que vem para Amsterdã! Vamos lá?

“ Pensando em curtir uma cidade europeia cheia de romance e mistério, cercada por charmosos canais, pontes e uma arquitetura única? Esqueça Paris ou Veneza, estamos falando da capital dos Países Baixos: Amsterdã. E se você está preocupado com a língua, pode começar a arrumar as malas, porque lá todo mundo fala inglês fluente!


Planejando a viagem
Resolvi dar um pulo em Amsterdã em agosto de 2015, e visitar uma amiga brasileira que mora lá há quase dois anos. A ideia veio por conta da alta do dólar – a medida que a moeda americana se aproxima do valor do Euro, para nós compensa pensar em viagens para leste do Atlântico. Passaporte brasileiro não precisa de visto para União Europeia, então não precisa se preocupar! Fiquei por lá 4 dias e diria que 3 dias são suficientes para curtir bem a cidade, mas dá para incluir dias a mais se estiver interessado em rápidas viagens de trem próximo a Amsterdã.

Hospedagem
Tive o privilégio de ficar na casa de uma amiga bem no Centro, o que é muito recomendável em termos de localização. Próximo a estação central de trem há diversos hotéis e hostels, sendo esses a opção mais comum entre os viajantes.
#Dica: Quanto mais perto do Red Light District (área famosa pela prostituição), mais turbulento será, já que muita gente fica pelas ruas até tarde naquela área.

Estação Central
Transporte
O transporte número 1 em Amsterdã é a bicicleta, e o relevo plano da cidade mais as intermináveis ciclovias garantem que as bikes tenham a preferencia sempre. Recomendadíssimo alugar uma magrela por um dia pelo menos ou por toda a sua estadia – vale a pena! PORÉM, apesar de incrivelmente segura, Amsterdã sofre com uma mafiazinha de roubos de bicicletas, então garanta que você tem pelo menos dois cadeados na sua bike sempre que parar em algum canto. Ah, e fique de olho nos semáforos e sinalização para não ter a bicicleta apreendida pela polícia.

Não vai se arriscar na bike? Não tem problema, dá para fazer tudo a pé! É bastante seguro, inclusive à noite. Outro meio de transporte característico é o barco. A opção para os turistas são os Canal Cruises que saem no centro da cidade, ao lado da Central Station, e os Hop on-Hop off, que funcionam como aqueles clássicos ônibus turísticos de dois andares, só que na forma de barco!

Alimentação
É cara. Não tem jeito, a cidade é turística e as opções para comer são muitas! Ao mesmo tempo, na rua tem muitas delicinhas para serem exploradas, não há quem resista! Comida favorita número um dos holandeses é batata frita, que eles comem numa espécie de cone. Pro fim de noite, seja para experimentar a torta de maçã da região ou para saborear a deliciosa e levíssima cerveja local, o bairro mais gostosinho é o Jordaan.

Fique atento
É comum ver grupos de turistas em Amsterdã cujo principal foco em termos de entretenimento são os Coffee Shops (uma mistura de cafés com barzinho, onde maiores de idade podem comprar e consumir maconha à vontade), os diversos Sex Shop, lojas de pornografia e as Window Prostitutes (prostitutas que ficam expostas em vitrines). Para esse tipo de passeio, o destino é certo: Red Light District, o bairro que reúne tudo isso. Eu passei por lá e bastou apenas uma rua para estar absolutamente triste e envergonhada com a situação em que se encontram aquelas mulheres. Mas, fora dali, existe uma Amsterdã muito mais vibrante e cheia de beleza para quem quer curtir o melhor da cidade!

Mercado das Flores
Passeios
Qualquer coisa pode virar uma programação memorável ao caminhar pelas ruas, vielas e canais da cidade. Melhor ainda se esse trajeto te levar para as feiras ao ar livre, meu top #1 na cidade! O Mercado das Flores funciona de segunda a segunda e encanta qualquer um com a diversidade de tulipas e flores da região. Os melhores souvenirs estão por ali e dá vontade de levar tudo para casa! Mudas e raízes de plantas embaladas para exportação podem virar presente para quem gosta de jardinagem, talvez junto com uma das dezenas de peças de porcelana típica dos Países Baixos, todas em azul e branco. Os tamancos de madeira ganham cores e formas, e uma jovem holandesa me garantiu que os calçados ainda são usados nas fazendas do interior – ela até acha mais confortável!

Variedade de queijos
O queijo Gouda é alucinante, e as lojinhas ao lado do mercado de flores deixam vários cubinhos cortados para os visitantes experimentarem. Pode ir até de barriga vazia porque serão muitos sabores a serem descobertos, com direito a queijos de cor vermelha, verde ou mesmo azul!

Os canais podem te levar a descobrir várias surpresas ao longo do caminho – de lá demos de cara com a Oude Lutherse Kerke, e a gentileza dos velhinhos à porta nos fez entrar e descobrir o majestoso salão da antiga igreja luterana de Amsterdã. Eles indicaram para nós o horário dos cultos em que poderíamos ouvir o gigantesco órgão sendo tocado. Depois, acabamos chegando ao Begijnhof, uma vila com um lindo “jardim secreto” que costumava abrigar beatas que entregaram suas vidas a Igreja, mas não queriam viver na clausura de um mosteiro. O vilarejo também abriga a delicadíssima capela que passou de Igreja Católica para Protestante.

Café do Museu
Bem próximo dali fica o Museu de Amsterdã, destinado a retratar a memória da capital desde sua origem através de artefatos de diversas origens – pinturas, manuscritos, fotografias, peças encontradas em escavações na região ou doadas por diferentes gerações. O acervo é imenso e está espalhado por quatro edifícios. Quem não quiser pagar entrada pro museu tem a opção de aproveitar algumas exposições do lado de fora, como foi o meu caso. No hall de entrada do museu, me impressionei com as esculturas de Davi e Golias, em referência a passagem da Bíblia (o país é protestante), e o gigantesco tapete étnico que expressa a multiplicidade cultural da cidade. O café do museu fica ao ar livre e é uma graça!

E foi justamente em busca de um bom latte que chegamos até o Rembrandt Square, praça muito aconchegante, e onde encontramos um Starbucks – vi só uns 3 pela cidade. Vale a pena chegar por ali no fim da tarde e curtir um happy hour num dos muitos barzinhos. Além disso, ali a sensação é tirar foto com as esculturas dos Night Watch – cavaleiros da antiga guarda da cidade, referência a famosa pintura de Rembrandt, pintor holandês que é homenageado na escultura central e no nome da praça.

Rijks Museum
Outro famoso artista holandês que é lembrado de forma especial num museu que abriga exclusivamente obras de sua autoria é Vincent Van Gogh. O acervo é enorme, mas fica no chinelo se comparado com o inacabável Rijks Museum, que é o “Louvre” de Amsterdã e leva quase 3 dias para ser visitado completamente. Esse último tem porte de palácio e encanta a longa distância!

A fachada do Rijks fica de frente a um canal cruzado por pontes e flores; atravessando o museu pelo gigantesco portão, você vai escutar música clássica no caminho até os dois principais acessos ou em direção a parte de trás do museu. Por ali fica uma das atrações mais badaladas dos turistas – a escultura I Amsterdam, que pode ser escalada de tudo quanto é jeito, para a alegria de quem quiser voltar a ser criança!

Patos e mais patos!
Existem muitos outros passeios por lá que você vai descobrir, como a casa e museu da Anne Frank, diversos museus da história e tradição da realeza Holandesa, museu do queijo, cinema Pathé, museu da maconha, etc. Se lembrar de alguma coisa legal pra compartilhar com a galera do Hobby do Dia, deixe seu comentário!

E fique atento para as lojas curiosas que você vai encontrar pelo caminho! A minha preferida é Duck Store, com coleções de patinhos de borracha – aqueles de banho de banheira! – vestidos como celebridades. Coisas que só aparecem em Amsterdã mesmo!  

Valeu Manu! Amsterdã já entrou para a minha listinha! Até a próxima :)

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